Vereadores de Goiânia mantêm cautela sobre investigação de corrupção na Prefeitura
Parlamentares preferem aguardar desdobramentos das investigações antes de emitir opiniões definitivas.
A operação que investiga irregularidades em licitações na Prefeitura de Goiânia tem gerado discussões e cautela entre os vereadores do município. Em meio às polêmicas e às informações que vêm à tona, a maioria dos parlamentares prefere aguardar os desdobramentos das investigações antes de expressar opiniões definitivas sobre o assunto.
Na sessão desta quarta-feira (20), o debate sobre a operação foi tema central. O vereador Jaime Monteiro (Avante) destacou a obscuridade que envolve o caso neste momento inicial das investigações. Segundo ele, ainda não há clareza suficiente para compreender as implicações da situação, e ressalta que eventualmente, aqueles que cometeram erros deverão responder por seus atos.
Já para Juarez Lopes (PDT), avaliar a situação neste momento é uma tarefa difícil, visto que ainda não se dispõe de informações suficientes. Da mesma forma, Joãozinho Guimarães (SDD) destaca a importância de não fazer julgamentos precipitados sem provas concretas.
O vereador Igor Franco (SDD), apesar de fazer parte da oposição, mostrou-se solidário à defesa do titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Denes Pereira, que é presidente do partido Solidariedade em Goiás, após declarações de Sargento Novandir (Avante) sobre a descoberta de dinheiro na casa do auxiliar.
Kleybe Morais (MDB) reconhece que os impactos negativos da operação podem se refletir tanto na Prefeitura quanto na Câmara Municipal. No entanto, destaca a importância da cautela na divulgação de nomes e na apuração dos fatos, ressaltando a responsabilidade da Câmara em prestar esclarecimentos à sociedade.
Aava Santiago (PSDB), da oposição, revelou que já tinha conhecimento de alguns fatos apurados pela investigação e se preparava para cobrar explicações do prefeito. Ela destaca a proximidade de Denes Pereira e Alisson Borges, presidente da Comurg, com o prefeito, e questiona a falta de ação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) no passado.
Por fim, é importante destacar que a reportagem não conseguiu contato com Ronilson Reis (Solidariedade) e Thialu Guiotti (Avante), presidente e relator da CEI respectivamente, para comentar sobre a situação atual.