Variação de preços na cesta básica em Goiânia ultrapassa 200%; pesquisa do Procon Goiânia revela diferença de até R$ 40 em itens essenciais
Levantamento em nove supermercados mostra que consumidor pode gastar mais ou menos conforme o estabelecimento; órgão recomenda pesquisar antes das compras
Uma pesquisa divulgada pelo Procon Goiânia aponta que as diferenças de preço em itens da cesta básica na capital podem ultrapassar os 200% entre supermercados, com consumidores que não pesquisarem pagando valores muito superiores pelos mesmos produtos.
O levantamento, realizado em nove estabelecimentos comerciais da cidade, identificou itens com oscilações expressivas:
- A banana-prata variou entre R$ 2,98 e R$ 8,99, diferença de 201,88%.
- A banana-nanica apresentou variação de 200,67%, com preços entre R$ 2,99 e R$ 8,99.
- O tomate comum oscilou de R$ 3,95 a R$ 9,99, com diferença de 152,91%.
- A batata-inglesa variou de R$ 1,88 a R$ 4,39, uma diferença de 133,51%.
- O pão francês teve preços entre R$ 9,98 e R$ 19,99, variação de 100,30%.
Com base nestes cinco itens, quem optar pelos menores preços desembolsará cerca de R$ 21,78, enquanto quem escolher os mais altos pagará aproximadamente R$ 52,35 — uma diferença de R$ 30,57, ou mais de 30% de economia no orçamento de compras.
Itens que apresentaram menor oscilação foram:
- Arroz Tipo 1 (5 kg) da marca Tio Jorge: variação de 16,41%, entre R$ 18,89 e R$ 21,99.
- Óleo de soja (900 ml): diferença de 20,03%, variando de R$ 7,49 a R$ 8,99.
- Arroz Cristal (5 kg): oscilação de 22,09%, entre R$ 24,49 e R$ 29,90.
- Café (500 g) – marca Brasileiro: variação de 23,34%, de R$ 29,99 a R$ 36,99.
- Café Rancheiro (500 g): variação de 27,52%, com valores entre R$ 34,89 e R$ 44,49.
O Procon Goiânia ressalta que os preços refletem o recorte específico do mercado no momento da coleta e que fatores como promoções, reposição de estoque e localização da loja influenciam os valores. O órgão destaca ainda que o consumidor deve observar claridade nas informações nos rótulos, prazo de validade e condições de armazenamento dos alimentos.
Por que essa diferença?
Especialistas apontam que variações tão grandes decorrem de vários fatores, como:
- Estratégias diferenciadas de precificação entre redes e unidades regionais.
- Custos de logística e distribuição que afetam o preço final nos estabelecimentos.
- Variação diária em hortifrutis e perecíveis, que têm maior volatilidade.
- Promoções pontuais ou lotes mais caros, que muitas vezes não são evidenciados ao consumidor.
O que o consumidor pode fazer?
- Liste os produtos mais usados, comparando preços entre diferentes supermercados.
- Priorize marcas conhecidas e compare unidades (preço por quilo/litro).
- Verifique se a oferta é verdadeira: prazo de validade, forma de pagamento, condições de armazenagem.
- Aproveite para contratar ou usar aplicativos de comparação de preços, onde possível.
- Aproveite produtos com menor variação para planejamento mensal de compras.
A pesquisa reforça a importância de bons hábitos de consumo — e mostra que, mesmo dentro de uma mesma cidade, o impacto no orçamento doméstico pode ser grande. Quem realiza pesquisa prévia antes de comprar consegue economizar e, ao mesmo tempo, contribuir para uma maior transparência no comércio local.
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