Varejo de Goiás registra queda de 3,4% em novembro e sinaliza desaquecimento do consumo
Após crescimento em outubro, Estado enfrenta retração em diversos segmentos, refletindo cenário econômico instável

O setor varejista de Goiás registrou retração de 3,4% em novembro na comparação anual, segundo a 35ª edição do Índice do Varejo Stone (IVS), que monitora mensalmente o desempenho do comércio em todo o país. O resultado representa um recuo relevante após o crescimento observado no mês anterior, sinalizando desaceleração do consumo no Estado.
O levantamento regional mostra que apenas seis unidades da federação apresentaram crescimento em novembro, com destaque para Paraíba (5,2%) e São Paulo (1,7%). Entre os estados com maior retração, além de Goiás, destacam-se Roraima (-7,9%), Tocantins (-7,8%) e Rondônia (-7,5%), revelando um quadro desigual de desempenho varejista entre as regiões brasileiras.
No detalhamento por segmentos, apenas três dos oito setores analisados tiveram avanço em novembro: Móveis e Eletrodomésticos (1%), Tecidos, Vestuário e Calçados (0,3%) e Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (0,2%). Já os setores com maior queda foram Material de Construção (-3,2%), Combustíveis e Lubrificantes (-2,7%) e Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-2,7%).
Quando comparado ao desempenho de novembro de 2024, todos os setores varejistas de Goiás registraram queda. Combustíveis e Lubrificantes lideraram a retração (-6,7%), seguidos por Móveis e Eletrodomésticos (-5,1%) e Hipermercados e Produtos Alimentícios (-4%). Outros segmentos, como Material de Construção (-2,8%) e Artigos Farmacêuticos (-1,5%), também apresentaram perdas significativas, indicando impacto amplo sobre o consumo e a atividade econômica local.
De acordo com especialistas, a queda reflete um conjunto de fatores que afetam o poder de compra da população, incluindo inflação persistente em produtos essenciais, aumento de juros e expectativas econômicas cautelosas. No cenário nacional, o IVS evidencia que regiões Norte e Nordeste apresentaram avanços, enquanto Sudeste, Centro-Oeste e Sul enfrentaram retrações, evidenciando desequilíbrios no consumo entre estados.
Para o comércio local, a retração representa desafio para o fechamento de caixa e planejamento estratégico, reforçando a necessidade de medidas de estímulo ao consumo e de políticas públicas que revertam o desaquecimento do varejo em Goiás.
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