Tragédia em Palmeiras de Goiás: Menina de 7 anos morre afogada em piscina durante confraternização
Câmeras registraram o momento do acidente; Polícia Civil investiga possível negligência. O caso levanta alerta sobre segurança em ambientes com crianças.
Uma confraternização no Residencial Nelson Mariotto, em Palmeiras de Goiás, se transformou em tragédia no último domingo (8), quando uma menina de 7 anos morreu ao se afogar em uma piscina. Câmeras de segurança flagraram o momento em que a criança entra na parte mais funda da piscina, começa a se debater e permanece sem assistência por mais de dois minutos.
Segundo relatos, a mãe da vítima havia saído para comprar itens para a festa, deixando a filha sob os cuidados de outros adultos presentes no evento. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O que mostram as imagens?
No vídeo obtido pelas autoridades, é possível ver a menina entrando na parte mais profunda da piscina enquanto outras crianças deixam a área rasa. Apesar da presença de dois homens na água e várias pessoas ao redor da piscina, ninguém percebe o momento em que ela começa a se afogar.
Após mais de dois minutos, um homem que estava próximo finalmente percebe o corpo submerso e retira a menina da água. Ela foi levada inconsciente ao pronto-socorro da cidade, onde os médicos conseguiram reanimá-la temporariamente. No entanto, devido à grande quantidade de secreções nos pulmões, a criança sofreu uma parada cardíaca irreversível.
Investigação e consequências legais
O delegado André Veloso, responsável pelo caso, informou que todas as pessoas presentes na confraternização serão ouvidas para apurar se houve negligência que contribuiu para o afogamento. Apesar disso, ele ressaltou que, em situações como essa, é comum que a Justiça considere o sofrimento dos envolvidos como punição suficiente.
“Em muitos casos, a Justiça aplica o perdão judicial, considerando que a repercussão e a dor pela perda já são uma punição para quem poderia ser responsabilizado”, explicou o delegado.
Riscos e a importância da prevenção
A morte da menina traz à tona a necessidade de maior atenção em ambientes com piscinas, especialmente quando há crianças. Especialistas alertam que acidentes desse tipo podem ser evitados com medidas simples, como:
- Supervisão constante de adultos;
- Presença de salva-vidas em locais com piscinas públicas ou de aluguel;
- Uso de dispositivos de segurança, como boias e cercas.
“Crianças são rápidas e imprevisíveis. Um momento de distração pode ser fatal”, afirma Carolina Souza, especialista em segurança infantil. “Eventos em que há piscinas requerem organização prévia para garantir que alguém esteja dedicado exclusivamente à supervisão das crianças.”
Impacto emocional na cidade
A tragédia deixou os moradores da cidade consternados. Amigos da família e vizinhos organizaram uma corrente de apoio para prestar solidariedade à mãe da vítima, que está devastada com a perda.
O caso segue em investigação, mas reforça um alerta importante: garantir a segurança de crianças deve ser prioridade absoluta em qualquer ocasião, especialmente em espaços com riscos potenciais.