21 de novembro de 2024
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Serralheiro enfrenta desrespeito ao buscar auxílio-doença no INSS: Perito escreve ‘bla, bla, bla’

Homem relata experiência frustrante ao ter pedido de auxílio-doença negado com comentários pejorativos em relatório de perícia médica.
OAB pede providências após considerações escritas por peritos do INSS (Reprodução)

Um serralheiro de 52 anos, que buscou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Goiânia para renovar o auxílio-doença, se deparou com uma situação indignante ao receber pareceres de perícia médica repletos de desrespeito. O homem, que preferiu não ser identificado, relata que em duas ocasiões, nos anos de 2022 e 2023, foi negado o benefício com comentários pejorativos escritos pelo perito, entre eles a expressão “bla, bla, bla”.

Em 2022, o serralheiro apresentou seu pedido de auxílio-doença informando o agravamento de sua dependência química, associada ao surgimento de quadros de ansiedade e insônia. No entanto, para sua surpresa e decepção, o médico responsável pela perícia negou o benefício, não apenas pela decisão em si, mas também pela forma desrespeitosa como foram escritas as considerações, resumidas na expressão desdenhosa “bla, bla, bla”.

No ano seguinte, em 2023, o homem tentou novamente solicitar o auxílio-doença, esperando um tratamento mais justo e respeitoso. Contudo, foi mais uma vez confrontado com uma negativa, acompanhada dos mesmos comentários desrespeitosos por parte do perito, evidenciando uma falta de sensibilidade e ética profissional no trato com o segurado.

A atitude do perito do INSS levanta questões sérias sobre a conduta ética e profissional dos profissionais envolvidos nas perícias médicas da instituição. O desrespeito demonstrado não apenas prejudica o acesso do cidadão aos seus direitos previdenciários, mas também compromete a confiança na instituição e no sistema de seguridade social como um todo.

A situação vivenciada pelo serralheiro destaca a importância de uma revisão nos procedimentos de avaliação médica realizados pelo INSS, visando assegurar um tratamento digno e respeitoso aos segurados, além de garantir a efetiva proteção social aos que realmente necessitam do auxílio-doença para enfrentar dificuldades decorrentes de problemas de saúde.