Segunda morte por dengue em Goiás acende alerta: 13 óbitos estão sob investigação
Casos da doença caem 78% em relação a 2024, mas 28 cidades já estão em emergência sanitária.

Goiás confirmou a segunda morte por dengue em 2025, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). A vítima, um idoso de 67 anos com comorbidades, morava em Mozarlândia, no norte do estado. A primeira morte do ano ocorreu em Heitoraí, na região central, mas o perfil do paciente não foi divulgado.
Apesar da redução de 78% nos casos em relação ao mesmo período do ano passado, a situação ainda preocupa. Até a última atualização do painel, na manhã desta quinta-feira (6), Goiás já havia registrado 13.826 notificações e 6.191 casos confirmados de dengue. Além disso, 13 mortes estão sob investigação em diferentes municípios, incluindo cinco em Goiânia, duas em Mozarlândia e uma em cada um dos seguintes locais: Cachoeira Alta, Ceres, Montes Claros de Goiás, Nova Crixás, Santa Helena de Goiás e São Simão.
Cidades em emergência e alerta
Atualmente, 28 municípios goianos enfrentam estado de emergência devido à alta incidência da dengue. A classificação leva em conta o número de habitantes e a quantidade de casos confirmados, indicando surtos contínuos por pelo menos quatro semanas. Além disso, 158 municípios estão em estado de alerta, e 60 estão sob monitoramento, com risco de agravamento da situação.
Entre as cidades mais afetadas, destacam-se Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Itumbiara, Catalão e Mozarlândia, que apresentam índices elevados de infecção e aumento na demanda por atendimento médico.
Estratégias para conter a dengue
A SES-GO reforça que a principal forma de prevenção é a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, zika e chikungunya. Dados da secretaria apontam que 75% dos focos estão dentro das casas.
O controle da doença tem sido realizado por meio de manejamento ambiental, como a remoção de lixo e entulho, além da aplicação de inseticida. O fumacê ainda é utilizado, mas de forma restrita, já que sua eficácia é limitada em áreas urbanas com muros altos e vegetação densa.
Os agentes de combate a endemias intensificaram as visitas domiciliares para identificar criadouros e orientar os moradores sobre os riscos. A população deve redobrar os cuidados e buscar atendimento médico ao apresentar sintomas como febre alta, dores no corpo, náusea, fadiga e manchas avermelhadas na pele.
A SES-GO segue monitorando os casos e reforçando ações preventivas nos municípios para tentar conter o avanço da doença.