Secretário de Saúde de Goiás Adia Comparecimento à Assembleia e Reacende Debate sobre CPI
Ausência de Rasível Santos em reunião na Alego intensifica críticas e levanta questionamentos sobre gestão da Saúde no estado.

O secretário estadual de Saúde de Goiás, Rasível dos Reis Santos Júnior, adiou sua participação em uma reunião agendada para esta terça-feira (15) na Comissão de Tributação, Finanças e Orçamento da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). A ausência gerou insatisfação entre os parlamentares, especialmente da oposição, que voltaram a considerar a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a gestão da Saúde no estado.
O líder do governo na Alego, deputado Talles Barreto (UB), comunicou que uma nova data será definida para o comparecimento de Rasível Santos. No entanto, deputados oposicionistas, como Gustavo Sebba (PSDB), manifestaram descontentamento com o adiamento e reforçaram a necessidade de uma CPI para apurar possíveis irregularidades na Secretaria de Saúde.
Clécio Alves (Republicanos) criticou a postura do secretário e questionou a liderança governista na Casa. Sebba, por sua vez, apontou suspeitas de corrupção e cobrou explicações sobre denúncias de desvio de recursos e problemas na gestão das Organizações Sociais (OSs) responsáveis por unidades de saúde.
Barreto minimizou as críticas, atribuindo a ausência de Rasível a compromissos pessoais e de agenda, e afirmou que o secretário comparecerá em data futura para esclarecer as dúvidas dos parlamentares. O presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), também defendeu o secretário, classificando as críticas como “politicagem” e descartando a possibilidade de uma CPI, argumentando que não há fatos concretos que a justifiquem.
Este episódio ocorre em meio a um histórico de tensões entre a Secretaria de Saúde e a Alego. Em dezembro de 2024, técnicos da Secretaria compareceram à Comissão de Tributação, Finanças e Orçamento para prestar contas, mas a ausência do secretário Rasível levou deputados a se recusarem a participar da sessão, resultando no adiamento da prestação de contas.
Além disso, em janeiro de 2025, Rasível participou de uma sessão extraordinária na Alego para apresentar um balanço das atividades da pasta nos primeiros quadrimestres de 2024. Na ocasião, destacou inaugurações de hospitais e projetos de modernização, mas também enfrentou questionamentos sobre atrasos em pagamentos a profissionais de saúde e a gestão das OSs.
A possibilidade de instaurar uma CPI para investigar a gestão da Saúde em Goiás tem sido um ponto de tensão recorrente entre governo e oposição. Enquanto a base governista busca evitar a comissão, oposicionistas insistem na necessidade de apurações mais profundas sobre a administração dos recursos e contratos na área da Saúde.
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