10 de dezembro de 2025
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Refeita após erosão, cabeceira da ponte na Marechal Rondon exige interdição prolongada em Goiânia

Seinfra decide reconstruir integralmente a cabeceira sobre o Ribeirão Anicuns após forte chuva; obra avança por etapas e pode ultrapassar o prazo inicial devido ao regime hídrico.
Erosão em cabeceira da ponte na Marechal Rondon, causada por chuvas, fez avenida ser interditada para obras (Wesley Costa/O Popular)

A Avenida Marechal Rondon, um dos principais eixos de ligação entre a região Centro-Oeste e o Residencial Morumbi, na zona Norte de Goiânia, está parcialmente interditada após a constatação de uma erosão que comprometeu a cabeceira da ponte sobre o Ribeirão Anicuns. A avaliação técnica da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) determinou que a estrutura superior da cabeceira deverá ser totalmente refeita, embora os pilares e vigas da ponte permaneçam estáveis.

A erosão ocorreu após as chuvas intensas registradas no último sábado, que arrastaram solo das margens e parte do material do pavimento para o leito do ribeirão. O fenômeno abriu cavidades significativas na ligação entre o asfalto e a ponte, aumentando o risco de colapso da pista.

Segundo o engenheiro Lucas Augusto Gontijo Borges, diretor de Operações e Conservação da Seinfra, o dano não afetou a sustentação da ponte, mas tornou inevitável a reconstrução: “A integridade estrutural está preservada. O problema é o carreamento do aterro e o risco de o asfalto ceder. A intervenção precisa ser feita antes que novas chuvas agravem o quadro.”


Estratégia de obra alterada devido ao nível do Ribeirão Anicuns

Em condições normais, a recomposição de cabeceiras costuma começar pela base, no nível do curso d’água. Com o aumento do volume do ribeirão, porém, a equipe técnica optou pela estratégia inversa: reconstrução por cima, diretamente no pavimento.

A intervenção inclui colocação de pedras de grande porte para reforçar o talude, seguida de camadas de material mais fino até retomar a base de circulação. A expectativa inicial é liberar o tráfego até a próxima semana, mas o prazo geral da obra — estimado em 30 dias — poderá ser ajustado caso as precipitações se intensifiquem.

A Seinfra executa o trabalho diretamente, sem terceirização, o que, segundo a pasta, acelera a mobilização de maquinário e equipes.


Região historicamente suscetível a alagamentos e pressão hídrica

O trecho que abriga a ponte já integra a lista de pontos de atenção do município. Duas curvas no Ribeirão Anicuns aceleram o fluxo da água, aumentando a pressão sobre as margens. Por esse motivo, a prefeitura executou, há cerca de três anos, obras de enroncamento — estruturas de contenção com pedras de grande volume que funcionam como dissipadores de energia para reduzir a velocidade da água.

Mesmo com essas intervenções, moradores relatam que a área registra alagamentos com frequência. No episódio mais recente, a água subiu até o nível do asfalto e alcançou a entrada de estabelecimentos próximos.

Concluída a reconstrução no sentido bairro-centro, está prevista uma manutenção preventiva na cabeceira oposta, que não sofreu erosão, mas apresenta desgaste acumulado.


Impacto do regime de chuvas e outros pontos de atenção na capital

Os volumes registrados pelo Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) ajudam a explicar o cenário: no setor do Jardim Botânico, área de nascente do Córrego Botafogo, o acumulado passou de 100 mm no mesmo período. Na região Norte, onde fica a Marechal Rondon, as precipitações chegaram a 20,6 mm, suficientes para acelerar processos erosivos em áreas vulneráveis.

Na Marginal Botafogo, a chuva também provocou erosões pontuais, embora de menor gravidade, sem necessidade de interdição ou reconstrução estrutural.


Trânsito sofre impacto, e desvios ampliam percurso de motoristas

A Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET) bloqueou o trecho entre a Rua 1 e a Rua Anicuns, redirecionando o fluxo para vias secundárias.
• Motoristas que seguem para o Urias Magalhães precisam utilizar a Rua Belo Horizonte, contornar pela Rua 17 e acessar a Avenida Cândido Portinari.
• No sentido oposto, rumo ao Centro, o desvio passa pela Avenida Rio Branco e Goiás Norte.

Os trajetos adicionais chegam a 3,72 km para quem vai do Centro-Oeste ao Urias Magalhães e 2,92 km no percurso invertido. Apesar da interdição, motociclistas e pedestres têm desrespeitado os bloqueios, removendo defensas de concreto para passar pelo trecho, o que a prefeitura considera um risco.


A obra na cabeceira da ponte da Avenida Marechal Rondon é considerada uma das intervenções emergenciais mais importantes da temporada chuvosa. A Seinfra afirma que continuará monitorando a estrutura e que novas medidas poderão ser adotadas caso o regime de chuvas se intensifique nos próximos dias.

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Marcus

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