Personalizar preferências de consentimento

Usamos cookies para ajudá-lo a navegar com eficiência e executar determinadas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies em cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies categorizados como "Necessários" são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para permitir as funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são requeridos para habilitar os recursos básicos deste site, como fornecer login seguro ou ajustar suas preferências de consentimento. Esses cookies não armazenam nenhum dado de identificação pessoal.

Nenhum cookie para mostrar

Os cookies funcionais ajudam a executar determinadas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedback e outros recursos de terceiros.

Nenhum cookie para mostrar

Cookies analíticos são usados ​​para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas como número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego etc.

Nenhum cookie para mostrar

Os cookies de desempenho são usados ​​para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência de usuário aos visitantes.

Nenhum cookie para mostrar

Os cookies de publicidade são usados ​​para fornecer aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que você visitou anteriormente e para analisar a eficácia das campanhas publicitárias.

Nenhum cookie para mostrar

21 de junho de 2025
NotíciasPolíticaÚltimas

Reestruturação da Comurg avança lentamente: apenas 12% dos recursos previstos foram repassados pela Prefeitura

Plano de recuperação financeira da Companhia de Urbanização de Goiânia enfrenta atrasos nos repasses e recalculação de rescisões, comprometendo cronograma de desligamentos e metas de sustentabilidade
Sede da Comurg: Repasses travados e planos no papel: o impasse. (Wesley Costa / O Popular)

A reorganização administrativa e financeira da Comurg (Companhia de Urbanização de Goiânia), considerada essencial para a sobrevivência da estatal, começa com sinal de alerta. Até o dia 20 de maio, apenas R$ 23,3 milhões foram repassados pela Prefeitura, o que representa pouco mais de 12% do montante total prometido para este ano: R$ 190 milhões.

O plano de reestruturação, aprovado em fevereiro, previa um cronograma agressivo para o enxugamento da folha, desligamentos voluntários e quitação de dívidas históricas. No entanto, o atraso nos repasses e falhas na estimativa das rescisões trabalhistas travaram a primeira etapa, frustrando expectativas internas e da gestão do prefeito Sandro Mabel (UB).


Cortes, mas sem desligamentos

Segundo o cronograma inicial, a Comurg deveria ter recebido R$ 19,2 milhões até maio, divididos entre duas parcelas, para dar início às rescisões de 360 trabalhadores aptos à aposentadoria. Embora o recurso esteja assegurado no plano, o valor não foi repassado integralmente porque os cálculos das rescisões precisaram ser refeitos.

A alegação da diretoria é a de que houve inconsistências na contabilidade, o que demandou uma revisão minuciosa das verbas rescisórias, sob pena de judicialização futura. Enquanto isso, o plano de desligamentos — considerado um dos pilares para viabilizar a empresa — permanece em compasso de espera.


Folha reduzida em R$ 42 milhões, mas equilíbrio ainda é meta distante

Apesar do travamento em algumas frentes, a Comurg já colhe resultados financeiros relevantes. A empresa conseguiu reduzir em 33% a folha de pagamento no primeiro trimestre de 2025, uma economia de aproximadamente R$ 42 milhões em relação ao mesmo período do ano anterior.

Esse enxugamento se deve, sobretudo, à eliminação de 77% dos cargos comissionados — de 532 para 102 — e ao corte de gratificações e funções de chefia. A atual diretoria garante que os salários de concursados e trabalhadores de carreira não foram afetados, resguardando a operacionalidade da estatal.


Metas futuras e vigilância do TCM

A expectativa da gestão Mabel é que, com os ajustes em curso, a Comurg alcance superávit já em outubro deste ano. O prefeito afirma que os cortes implementados já estão gerando uma economia mensal de R$ 30 milhões aos cofres públicos.

O plano de reestruturação prevê, além dos R$ 100 milhões para rescisões, R$ 45,3 milhões para pagamento de precatórios e R$ 45,2 milhões para cobrir déficits operacionais. Todos os valores, no entanto, estão condicionados à comprovação dos gastos e ao avanço real das metas estabelecidas.

O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) acompanha o processo de perto e já avisou: a partir de 2025, as dívidas da Comurg passarão a ser contabilizadas como responsabilidade direta da Prefeitura, elevando a pressão por resultados concretos e equilíbrio fiscal.


Transparência e confiança em jogo

Para especialistas em administração pública, a recuperação da Comurg não depende apenas de cortes ou repasses pontuais. A credibilidade da empresa e da gestão municipal está atrelada à execução rigorosa e transparente do plano, com foco na sustentabilidade a longo prazo e na melhoria dos serviços urbanos.

Enquanto isso, Goiânia observa com expectativa e ceticismo o desfecho de uma reestruturação que pode se tornar exemplo de recuperação ou mais um caso de colapso anunciado no setor público.

Tags: #Comurg #Goiânia #Reestruturação #GestãoPública #SustentabilidadeFinanceira