5 de dezembro de 2025
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Quadrilha especializada em furtos com técnica de rapel é desarticulada pela Polícia Civil de Goiás após crimes em Goiânia

Grupo, com base na região metropolitana de Curitiba, é suspeito de invadir joalheria e residência utilizando métodos sofisticados de escalada urbana. Prisões ocorreram durante a Operação Bouldrier, que também realizou sequestro de bens e apreensões.
Os suspeitos vão responder pela prática do crime de furto a uma residência, no Setor Sul, e á uma joalheria, no Setor Bueno, ambos em dezembro de 2023. (Divulgação/ Polícia Civil)

Uma operação coordenada pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais de Goiás (Deic-GO) desarticulou, nesta quarta-feira (16), um grupo criminoso suspeito de utilizar técnicas de escalada e rapel para cometer furtos altamente planejados em Goiânia. O trio foi preso na região metropolitana de Curitiba (PR), local onde teria se refugiado após a prática dos delitos.

A Operação Bouldrier, que dá nome à ação – termo francês vinculado ao alpinismo e escalada de precisão – cumpriu três mandados de prisão preventiva, cinco de busca e apreensão e sequestro de bens e valores dos investigados, suspeitos de participação direta em ao menos dois crimes registrados em dezembro de 2023: a invasão de uma residência no Setor Sul e o furto de uma joalheria localizada no Setor Bueno, ambas em Goiânia.

Segundo o delegado Altair Gonçalves, responsável pelo inquérito, os criminosos demonstraram conhecimento técnico em manobras de rapel, além de habilidades logísticas e planejamento prévio, características típicas de crimes patrimoniais qualificados e organizados.

“A investigação conseguiu apontar que esses indivíduos, agora presos, utilizaram técnicas de acesso vertical para realizar os arrombamentos, escapando por rotas pouco convencionais e dificultando o rastreamento imediato. Essa sofisticação operacional motivou o nome da operação”, explicou o delegado.

Crimes articulados e fuga interestadual

O grupo teria se deslocado estrategicamente de Goiás para o Paraná, logo após os crimes, numa tentativa de despistar as investigações. No entanto, a atuação conjunta da inteligência da Deic-GO e a cooperação com a polícia paranaense permitiram localizar e prender os investigados.

As autoridades não divulgaram os nomes dos suspeitos, o que impossibilitou o contato com as defesas até o momento da publicação. Os mandados foram cumpridos em endereços residenciais e comerciais vinculados aos investigados, e parte dos bens apreendidos ainda está sendo catalogada.

Técnica de invasão chama atenção

O uso de técnicas de rapel urbano para execução de crimes patrimoniais não é inédito no Brasil, mas é raro. Casos semelhantes já foram registrados em São Paulo e Belo Horizonte, geralmente envolvendo indivíduos com formação prévia em esportes de aventura ou ex-militares, embora ainda não haja confirmação, neste caso, sobre o perfil técnico dos detidos.

A ação criminosa em Goiânia, segundo apuração inicial, envolveu acesso por áreas superiores dos imóveis, bypassando alarmes e entradas convencionais, o que dificultou a identificação imediata da autoria no momento do crime.

A joalheria furtada no Setor Bueno registrou um prejuízo estimado em valores que superam R$ 150 mil, embora o montante exato não tenha sido oficialmente divulgado. Já no furto residencial no Setor Sul, além de joias e eletrônicos, foram levados documentos pessoais e cartões bancários, utilizados horas depois em transações.

Investigação segue em andamento

O delegado Altair Gonçalves informou que os suspeitos poderão ser indiciados por furto qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro, caso se confirme o uso de recursos adquiridos ilicitamente para a aquisição de bens posteriormente sequestrados.

“As investigações continuam. Buscamos esclarecer se há mais integrantes envolvidos e se o grupo atuou em outros estados utilizando o mesmo modus operandi. O mapeamento completo das rotas utilizadas e dos bens adquiridos com os recursos dos furtos também está em curso”, concluiu.

As autoridades destacam que a operação representa um avanço na repressão a grupos especializados em crimes patrimoniais com elevado grau de sofisticação técnica, e que novas diligências podem resultar em novas prisões e desdobramentos interestaduais.


Fontes consultadas:

  • Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO)

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Marcus

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