Protesto expõe esquema irregular de energia em Pirenópolis, e Equatorial desliga fornecimento para quase 40 casas
Clientes reclamavam de quedas de energia, mas investigação revelou redistribuição clandestina e cobrança indevida por terceiros; ação conjunta envolve Polícia Civil e prefeitura.
Um protesto de moradores do loteamento Mata Velha, em Pirenópolis, contra quedas constantes de energia elétrica revelou um esquema de redistribuição clandestina de energia que deixou quase 40 casas sem luz. A concessionária Equatorial Goiás identificou a irregularidade durante a apuração das reclamações e constatou que apenas três das unidades consumidoras do local possuíam ligação regular. As demais 37 estavam recebendo energia de forma ilegal, com cobrança de taxas pelos responsáveis das conexões clandestinas.
Esquema de redistribuição ilegal
De acordo com Thiago Nunes, superintendente regional da Equatorial Goiás, a prática envolvia o repasse de energia elétrica das três unidades regulares para outras casas do loteamento, mediante cobrança mensal. No entanto, os valores arrecadados não eram repassados à concessionária, configurando uma redistribuição ilegal:
“Identificamos três unidades regularizadas fornecendo energia para cerca de 40 famílias. Essa prática sobrecarrega nossas redes, provoca quedas e prejudica todos os clientes da região.”
A Equatorial esclareceu que a irregularidade não se caracteriza como furto de energia pelos moradores beneficiados, já que estes pagavam pelas taxas impostas pelos intermediários. Porém, a redistribuição é ilegal conforme a legislação federal de concessão de energia, que determina que apenas empresas autorizadas podem prestar o serviço.
Loteamento irregular
Além da situação irregular do fornecimento de energia, o loteamento Mata Velha também enfrenta pendências administrativas junto à Prefeitura de Pirenópolis, que busca sua regularização fundiária. A precariedade das instalações elétricas no local foi agravada pelo aumento do consumo, gerando sobrecargas e riscos à segurança.
A Equatorial destacou que ligações clandestinas aumentam o risco de curtos-circuitos, comprometendo a qualidade do serviço e colocando em perigo moradores e a infraestrutura local.
Ação conjunta e desdobramentos
Após a constatação das irregularidades, técnicos da concessionária e agentes da Polícia Civil realizaram uma operação no loteamento, desligando as redes clandestinas. O caso agora está sendo investigado pela Polícia Civil, que apura a responsabilidade criminal dos envolvidos na redistribuição e nas cobranças indevidas.
Segundo a concessionária, a regularização do fornecimento de energia para as famílias afetadas dependerá da formalização do loteamento junto à prefeitura e da instalação de novas unidades consumidoras legalizadas.
Prevenção e conscientização
A Equatorial Goiás reforçou o alerta para os riscos de práticas ilegais de fornecimento de energia, que além de comprometerem a qualidade do serviço, expõem os moradores a situações de perigo:
“Estamos disponíveis para apoiar a regularização. Ações como essa demonstram nosso compromisso com a segurança e a qualidade do fornecimento de energia para todos.”
Enquanto isso, os moradores do loteamento Mata Velha aguardam a resolução do impasse, que envolve questões elétricas e de regularização urbana.
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