22 de outubro de 2024
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Protesto de Vigilantes em Goiânia Exige Justiça para Colega Atropelado na GO-020, em Goiânia.

Manifestação acontece em frente ao Tribunal de Justiça de Goiás contra a soltura do motorista acusado de matar vigilante sob efeito de álcool.
Vigilantes protestam contra soltura de motorista de Mercedes que atropelou colega em Goiânia

Na manhã desta sexta-feira (14/6), um grupo de vigilantes se reuniu em frente ao Tribunal de Justiça de Goiás, no Setor Oeste, para protestar contra a soltura de Antônio Scelzi Netto, de 25 anos. Ele é acusado de atropelar e matar o vigilante Clenilton Lemes Correia, de 38 anos, na madrugada do último domingo (9/6), na GO-020, em Goiânia.

Acidente Fatal e Soltura Polêmica

Antônio Scelzi foi preso após fugir do local do acidente sem prestar socorro à vítima. Exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) confirmaram a presença de álcool em seu sangue. Apesar disso, dois dias após a prisão, ele foi liberado pelo desembargador Ivo Favaro, que decidiu que ele deveria responder ao processo em liberdade, argumentando que a prisão preventiva violava o Código de Processo Penal Brasileiro.

Indignação dos Manifestantes

Os vigilantes, liderados por Assumar Borges, expressaram sua indignação com a decisão judicial. “Ele tem que responder pelos atos, já que assumiu o risco de provocar um acidente fatal após dirigir sob influência de álcool”, declarou Borges. Os manifestantes acreditam que Scelzi deveria permanecer preso, considerando a gravidade do crime e o risco de impunidade.

Decisões Judiciais Divergentes

Inicialmente, Scelzi teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva pela juíza Ana Carla Veloso Magalhães, que destacou o caráter doloso do ato, devido à mistura de direção com consumo de álcool. Entretanto, a decisão foi revertida em segunda instância, resultando na soltura do motorista.

Detalhes da Investigação

A delegada Ana Claudia Stoffel, responsável pela investigação, afirmou que Scelzi se recusou a fazer o teste do bafômetro e só realizou o exame de sangue cinco horas após o acidente, após se esconder em um galpão pertencente a seu pai. Mesmo assim, o exame confirmou a presença de álcool. A defesa de Scelzi alegou que ele não havia bebido antes de dirigir, mas essa versão foi contestada pelo depoimento de um amigo, que confirmou ter consumido bebidas alcoólicas com o motorista na noite do acidente.

Clamor por Justiça

O caso tem gerado grande comoção e debate sobre a eficácia das medidas preventivas e punitivas para crimes cometidos sob influência de álcool. A família de Clenilton Lemes Correia e os colegas vigilantes esperam que a justiça seja feita e que medidas mais rigorosas sejam adotadas para evitar tragédias semelhantes no futuro.


Fonte: Polícia Militar, Instituto Médico Legal (IML), Tribunal de Justiça de Goiás