Promessa Descumprida: Crianças Esperam por Creches Abandonadas desde 2020
Conclusão de Centros Municipais de Educação Infantil segue sem prazo, enquanto estruturas prometidas estão deterioradas, gerando indignação na comunidade.
Os Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) Madre Germana II e Bem Me Quer, localizados na Vila Megale, se mantêm como símbolos de promessas não cumpridas e abandono por parte das autoridades municipais. Prometidas desde 2020, essas estruturas permanecem inacabadas, gerando indignação entre os moradores da região.
As unidades, previstas para serem formadas por salas modulares, fazem parte de um projeto iniciado em 2018 durante a gestão de Iris Rezende (MDB). No entanto, as obras foram interrompidas e, desde então, as estruturas permanecem deterioradas, sem previsão para conclusão.
O Cmei Madre Germana II, em especial, deveria ser a única instituição voltada à educação infantil do setor e arredores. No entanto, o que se vê é um grande lote fechado por grades verdes, coberto por mato alto e estruturas destruídas.
Moradores da região relatam a dificuldade enfrentada pelas famílias, com mães sem ter onde deixar seus filhos para estudar. Muitas são obrigadas a abrir mão de empregos ou percorrer longas distâncias em busca de vagas em creches distantes.
A situação ganhou ainda mais destaque após o trágico falecimento de Luana Marcelo Alves, de 12 anos, moradora do Madre Germana II, que foi vítima de um crime brutal em 2022. Em resposta, o prefeito Rogério Cruz prometeu homenageá-la, mas a instituição já tinha nome definido desde 2020, o que gerou impasse.
Atualmente, a Secretaria Municipal de Educação (SME) afirma que os projetos para revitalização das unidades estão em andamento, mas sem estabelecer um prazo para conclusão das obras. Enquanto isso, a comunidade aguarda ansiosamente por soluções concretas para esse problema.
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) também apontou irregularidades relacionadas à aquisição das salas modulares, recomendando que a SME verifique o uso e a entrega das estruturas. Um acórdão emitido pelo TCM limitou os custos das obras, mas ainda há desafios a serem superados para resolver essa situação.