Professor é afastado após agredir aluno em escola municipal de Quirinópolis
Caso registrado em vídeo mobiliza Conselho Tutelar e Polícia Civil; Secretaria de Educação instaura processo administrativo e reforça repúdio à violência escolar
Um professor em estágio probatório da rede municipal de Quirinópolis, no Sudoeste goiano, foi afastado preventivamente de suas funções após agredir fisicamente um aluno dentro da sala de aula. O caso, registrado em vídeo e amplamente divulgado nas redes sociais, mostra o educador desferindo tapas na cabeça da criança, o que provocou indignação entre pais, servidores e autoridades locais.
A Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec) informou, em nota oficial, que tomou todas as medidas administrativas cabíveis assim que teve conhecimento do episódio. O docente foi afastado de forma imediata e um processo administrativo disciplinar foi instaurado para apurar os fatos. A direção da escola acionou prontamente o Conselho Tutelar e a Polícia Civil, que assumiram o acompanhamento do caso.
Segundo a conselheira tutelar Suilene Rodrigo, o órgão garantiu o suporte necessário à vítima e assegurou o cumprimento das medidas previstas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “As providências foram tomadas assim que recebemos o chamado. Nossa prioridade é proteger a integridade física e emocional da criança e garantir que o caso seja tratado com a seriedade que merece”, declarou.
O professor deixou o local logo após a agressão e permaneceu ausente até a manhã seguinte, quando se apresentou espontaneamente à Polícia Civil. De acordo com o delegado responsável pelo inquérito, Thiago Latorre, não houve registro de lesões físicas, e o caso está sendo tratado como injúria ou agressão simples. “A legislação brasileira ainda é branda em situações como essa, o que limita a aplicação de penas mais severas. O professor responderá conforme previsto no Código Penal”, afirmou o delegado.
A Secretaria Municipal de Educação reforçou o repúdio a qualquer forma de violência e destacou o compromisso da gestão em assegurar um ambiente escolar baseado no respeito, na segurança e na promoção de valores éticos. A pasta também informou que está oferecendo acompanhamento psicológico à criança e suporte à família.
O caso reacende o debate sobre conduta profissional, formação docente e os desafios da mediação de conflitos nas escolas públicas, evidenciando a necessidade de políticas mais firmes para garantir que a sala de aula continue sendo um espaço de aprendizado, proteção e dignidade.
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