Produção industrial de Goiás cresce 2% em julho e mantém trajetória de expansão
Setores automotivo e alimentício puxam resultados; estado se destaca em cenário nacional de retração.

A produção industrial goiana avançou 2% em julho de 2025 na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional (PIM-PF), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado marca o quarto crescimento consecutivo em termos interanuais e consolida a tendência de recuperação e expansão da indústria estadual.
O desempenho foi impulsionado, sobretudo, pela indústria de transformação. A fabricação de produtos alimentícios, responsável por parcela significativa do PIB industrial de Goiás, registrou alta de 6%, refletindo a força do setor agroindustrial local. Já a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias apresentou crescimento expressivo de 39,6%, evidenciando a retomada das montadoras instaladas no estado e a reativação da cadeia automotiva regional.
Resultados acumulados e comparação nacional
Entre janeiro e julho, a indústria goiana acumula crescimento de 1%, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses a variação é positiva em 0,1%. Embora modesto, o resultado reforça a resiliência do setor produtivo goiano, sobretudo em contraste com o cenário nacional: em julho, a produção industrial brasileira recuou 0,2% na média geral.
Para especialistas, a performance de Goiás decorre não apenas de sua base agroindustrial, mas também da diversificação recente da matriz produtiva, com avanço em segmentos como químicos (+5,0%) e vestuário (+12,7%). Essa diversificação tem funcionado como amortecedor frente às oscilações do mercado interno e externo.
Análise governamental e perspectivas
O secretário estadual de Indústria, Comércio e Serviços, Joel de Sant’Anna Braga Filho, avaliou o resultado como reflexo de uma política de estímulo ao setor. “O crescimento consecutivo da indústria goiana mostra que temos uma economia sólida e diversificada. Estamos criando condições para atrair investimentos, fortalecer a base produtiva e gerar empregos qualificados para os goianos”, afirmou.
A continuidade dessa trajetória dependerá, no entanto, da manutenção de políticas de incentivo, da estabilidade no fornecimento de insumos e da expansão do mercado consumidor. Analistas também apontam desafios, como os gargalos logísticos e os custos de produção, que ainda impactam a competitividade das empresas instaladas no estado.
Goiás em posição estratégica
Com forte base agroindustrial, crescente participação no setor automotivo e presença consolidada em químicos e vestuário, Goiás se posiciona como um dos polos industriais mais dinâmicos do país. Em um cenário de retração em outras unidades da federação, o estado consolida-se como exemplo de resiliência produtiva e de diversificação econômica.
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