5 de dezembro de 2025
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PRF apreende carga ilegal de Mounjaro e produtos importados na BR-153 em Morrinhos

Medicamento de uso controlado, utilizado para emagrecimento, era transportado de forma clandestina por dois homens que escondiam frascos sob a roupa e em compartimentos ocultos do veículo. Receita Federal assumiu o caso.
Todo o material, incluindo o veículo utilizado no transporte, foi encaminhado à Receita Federal para os procedimentos legais.

Uma operação de rotina da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-153, em Morrinhos, região sul de Goiás, resultou na apreensão de um carregamento clandestino do medicamento Mounjaro (tirzepatida) — substância biológica indicada exclusivamente para o tratamento de diabetes tipo 2, mas que vem sendo utilizada indevidamente para fins de emagrecimento. A ocorrência foi registrada na noite desta quinta-feira (10) e envolveu dois homens, de 37 e 48 anos, que transportavam o material em condições irregulares e sem documentação fiscal.

Segundo a PRF, a ação teve início após os agentes observarem o comportamento suspeito e nervoso dos ocupantes de um carro de passeio. Diante das declarações contraditórias e sinais de nervosismo, os policiais intensificaram a fiscalização, o que levou à descoberta do esquema ilícito.


Frascos sob a roupa e caixas escondidas no veículo

Durante a abordagem, os policiais realizaram uma revista pessoal e encontraram frascos do medicamento Mounjaro escondidos sob as roupas dos dois indivíduos. Em uma inspeção mais aprofundada, foram descobertas 38 caixas vazias do produto escondidas em compartimentos ocultos do automóvel, incluindo forros de portas e bancos, o que evidencia tentativa deliberada de ocultar o conteúdo e burlar a fiscalização.

Além dos medicamentos, a equipe apreendeu eletrônicos, perfumes, azeites e vinhos importados sem nota fiscal, o que caracteriza crime de descaminho — infração prevista no artigo 334 do Código Penal, referente à importação de produtos estrangeiros sem o devido recolhimento de tributos.


Mounjaro: uso crescente, riscos e mercado clandestino

Embora o Mounjaro seja aprovado pela Anvisa para o tratamento de diabetes tipo 2, seu princípio ativo (tirzepatida) tem ganhado notoriedade nos últimos meses como emagrecedor de uso off-label, ou seja, fora da indicação oficial. A substância age sobre receptores hormonais que regulam a saciedade, o que leva à perda de peso significativa, mas seu uso exige prescrição médica rigorosa e acompanhamento clínico.

Segundo fontes da área de saúde, o uso indiscriminado e sem controle médico da tirzepatida pode causar efeitos colaterais graves, como hipoglicemia, pancreatite, distúrbios gastrointestinais e, em casos extremos, risco cardiovascular. A comercialização no mercado paralelo representa grave ameaça à saúde pública, sobretudo quando os medicamentos são armazenados de forma inadequada ou falsificados.

Cada unidade do Mounjaro, dependendo da dosagem, pode ultrapassar R$ 2 mil no mercado clandestino. A elevada demanda e a escassez em farmácias têm contribuído para o surgimento de redes ilegais de distribuição, muitas vezes associadas a outros crimes fiscais e sanitários.


Procedimentos e responsabilização

Todo o material apreendido, incluindo o veículo, foi encaminhado à Receita Federal, que conduzirá os procedimentos legais. Os dois ocupantes do veículo devem responder por descaminho e poderão ser investigados também por infrações sanitárias e crimes contra a saúde pública, a depender da origem e validade dos medicamentos apreendidos.

A PRF informou que intensificará as fiscalizações em trechos estratégicos da BR-153, principal corredor logístico do Centro-Oeste, visando coibir o transporte irregular de medicamentos, produtos controlados e cargas sem comprovação fiscal.


Cresce a vigilância sobre tráfico de medicamentos

A apreensão em Morrinhos não é um caso isolado. Segundo dados recentes da própria PRF e da Receita Federal, as apreensões de medicamentos irregulares cresceram mais de 40% no último ano, com foco em produtos voltados para emagrecimento, tratamento estético e uso veterinário.

Especialistas ouvidos por veículos como a Agência Brasil, UOL e O Globo apontam que o mercado clandestino de medicamentos se tornou uma das principais frentes do crime transnacional, aproveitando brechas logísticas e sanitárias para lucrar com substâncias de alto valor agregado, vendidas sobretudo via redes sociais e grupos de mensagens.


Autoridades alertam que a compra e o uso de medicamentos como o Mounjaro sem acompanhamento médico e fora das vias legais representam risco real à vida. Denúncias sobre a comercialização clandestina podem ser feitas anonimamente aos canais da Anvisa, Receita Federal e Polícia Federal.

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Marcus

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