Polícia prende trio suspeito de fraudar rifas virtuais em Porangatu e apreende arsenal
Grupo teria manipulado sorteios, lesado participantes em R$ 800 mil e obtido lucro superior a R$ 1,5 milhão.

Um homem e duas mulheres foram presos nesta quinta-feira (18) durante a segunda fase da Operação Cota Marcada, deflagrada pela Polícia Civil em Porangatu, no norte de Goiás. O grupo é suspeito de comandar um esquema milionário de rifas virtuais ilegais que, segundo estimativas da investigação, gerou prejuízos diretos de R$ 800 mil aos participantes e lucros superiores a R$ 1,5 milhão para os organizadores.
Durante a ação, os agentes apreenderam quatro armas de fogo, diversas munições, celulares, documentos e mídias digitais que serão submetidos à perícia. A operação foi realizada em endereços ligados aos investigados, incluindo uma empresa usada para dar aparência de legalidade às transações e residências dos suspeitos.
Fraude e manipulação dos sorteios
De acordo com o delegado Hermison Victor Sampaio, responsável pelo caso, o esquema consistia em manipular os resultados dos sorteios, travando os números vendidos para impedir a ocorrência de ganhadores. “Os participantes acreditavam disputar prêmios legítimos, mas os sorteios eram controlados para assegurar o lucro exclusivo dos organizadores”, explicou.
Ainda segundo a Polícia Civil, as rifas funcionavam sem qualquer autorização dos órgãos competentes, configurando crime contra a economia popular e violação das regras de proteção ao consumidor.
Crimes investigados
Os suspeitos devem responder por associação criminosa, lavagem de dinheiro, crimes tributários, além da contravenção penal equiparada ao jogo do bicho. A polícia não divulgou os nomes dos envolvidos. As investigações seguem para identificar outros integrantes e ramificações do grupo.
Primeira fase da operação
Na etapa inicial da Operação Cota Marcada, realizada em 14 de agosto deste ano, um casal havia sido preso sob suspeita de movimentar R$ 20 milhões no mesmo tipo de fraude, com lucros estimados em R$ 12 milhões. Na ocasião, os policiais apreenderam uma arma de fogo, uma caminhonete e uma moto aquática.
O principal articulador do esquema, segundo a polícia, coordenava uma rede de apoiadores que atuavam em diferentes frentes: divulgação das rifas, transporte de prêmios, intermediação de bens e captação de recursos.
Com a continuidade das investigações, a Polícia Civil busca desarticular completamente a estrutura criminosa, que se especializou em explorar a vulnerabilidade de consumidores atraídos pela promessa de prêmios de alto valor em rifas virtuais.
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