Polícia prende esposa e familiares de traficante por lavagem de dinheiro do tráfico

Na manhã desta terça-feira (30), a Polícia Civil realizou uma operação que resultou na prisão de Alana Kelly dos Santos Pereira, apontada como esposa de um traficante, e mais três familiares, sob suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro do tráfico interestadual de cocaína. A ação ocorreu em Goiás e no Pará, e também resultou na apreensão de R$ 4 milhões em contas bancárias dos investigados.

Segundo informações da Polícia Civil, o grupo utilizava uma empresa de construção civil como fachada para dissimular o dinheiro proveniente do tráfico. A investigação teve início em março do ano passado, quando Eliomar Silveira Novais e Carlos Eduardo Oliveira Ramos foram presos em flagrante com 81 quilos de cocaína em um laboratório de refino da droga, em Aparecida de Goiânia.

Mesmo com o traficante preso, as investigações apontaram que sua esposa continuava conduzindo a lavagem de dinheiro com o auxílio de familiares, por meio da empresa de fachada. Em fevereiro deste ano, a polícia solicitou o bloqueio de R$ 4 milhões das contas bancárias do casal, além de patrimônios como imóveis e a empresa utilizada para lavagem de dinheiro.

Na segunda fase da operação, foram presas quatro pessoas: Alana Kelly dos Santos Pereira (esposa de Eliomar), Millena Nayara dos Santos (irmã de Alana), Diogo Gimenes Marques (cunhado) e Sônia Alencar dos Santos Araújo (tia de Alana). Segundo o delegado Hudson Benedetti, o traficante utilizava as contas de sua companheira e familiares para lavar o dinheiro do tráfico, com depósitos de grandes valores em espécie e uso de laranjas para a movimentação financeira.

Os envolvidos poderão responder por crimes como associação ao tráfico, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. As defesas dos acusados alegam que as investigações são especulações, e que será provada a inocência dos suspeitos. Durante a operação, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão, resultando no bloqueio adicional de R$ 4 milhões e na apreensão de bens como veículos de luxo ligados aos suspeitos.

Veja na íntegra a defesa dos dois homens presos em março do ano passado
O advogado Gilberto Carlos de Morais, que patrocina as defesas do investigados, esclarece que recebeu com surpresa a notícia das prisões temporárias decretada e cumpridas pela Polícia Civil. Cumpre informar que os autos estão sob sigilo, inclusive para a Defesa, portanto sem acesso para análise defensiva. Posto que em momento oportuno analisará tudo e o todo, se lhe for franqueada vista da íntegra processual, para em seguida manifestar acerca dos fatos investigados.
Todavia, se vê que o procedimento inquisitorial está em tramite investigativo inicial e que ao final precisará também ser objeto de acurada análise.