Polícia Civil de Goiás desarticula quadrilha de tráfico e lavagem de dinheiro em operação nacional
Operação “Portokali” cumpre 10 mandados de prisão e 20 de busca e apreensão em cinco estados; grupo ostentava luxo com dinheiro do crime.
A Polícia Civil de Goiás (PC-GO), em uma ação conjunta com as Polícias Civis de Tocantins, Maranhão, Distrito Federal e Paraná, deflagrou nesta quarta-feira (9) a Operação Portokali, visando desmantelar uma organização criminosa envolvida em tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A operação cumpre 10 mandados de prisão temporária e 20 mandados de busca e apreensão em diversas cidades do Brasil, atingindo diretamente o núcleo financeiro da quadrilha, que utilizava os lucros obtidos com os crimes para ostentar uma vida de luxo.
O nome da operação, Portokali, significa “laranja” em grego, uma referência tanto ao uso de terceiros (laranjas) para a lavagem de dinheiro quanto à recente viagem internacional de uma das investigadas ao país, onde foi vista ostentando riqueza nas redes sociais.
Cidades alvo da operação
Os mandados estão sendo cumpridos em cidades de Goiás, Tocantins, Maranhão, Distrito Federal e Paraná, abrangendo diferentes ramificações da quadrilha. As investigações apontam que o grupo não só coordenava o tráfico de drogas, mas também mantinha uma rede de lavagem de dinheiro que envolvia transferências internacionais e o uso de contas de terceiros para ocultar os verdadeiros ganhos ilícitos.
Em Goiânia (GO), oito mandados estão sendo cumpridos, embora a Polícia Civil não tenha especificado quantos deles são de prisão ou busca e apreensão. Outras cidades goianas como Buriti Alegre e Itumbiara também são foco das investigações, com mandados de busca e apreensão e prisão. Além disso, Anápolis também aparece na lista com um mandado de busca.
Fora de Goiás, a operação atinge São Luís (MA), onde a polícia cumpre um mandado de busca e um de prisão, e em Brasília (DF), onde um dos investigados foi preso. No Paraná, um mandado de busca e apreensão foi cumprido na cidade de Catanduvas, onde um dos líderes do grupo já se encontra preso na Penitenciária Federal de Catanduvas, e em Araguaína e Gurupi, no Tocantins, onde a polícia também cumpriu mandados de busca e prisão.
Ostentação e luxo bancados pelo crime
O esquema criminoso era mantido por um grupo que, de acordo com a Polícia Civil, vivia uma vida de ostentação financiada pelos crimes. Entre os investigados, destaca-se a irmã de um dos principais líderes da organização, preso em Catanduvas, que chamou atenção nas redes sociais ao compartilhar fotos de viagens internacionais e festas luxuosas, incluindo sua recente viagem à Grécia, que inspirou o nome da operação.
As investigações mostraram que o grupo utilizava os recursos do tráfico de drogas para adquirir imóveis, veículos de luxo e realizar grandes viagens. As evidências foram coletadas com base em interceptações telefônicas, análise financeira e quebra de sigilos bancários. Segundo a Polícia Civil, a lavagem de dinheiro ocorria por meio de laranjas, que mantinham o patrimônio em seus nomes para disfarçar o enriquecimento ilícito.
Atuação conjunta das polícias
A Operação Portokali foi possível graças à colaboração estreita entre as diferentes forças policiais dos estados envolvidos. O delegado Fábio Pereira, responsável pela investigação em Goiás, destacou a importância da ação integrada. “Esse é um trabalho que já vinha sendo desenvolvido há meses. A integração entre as forças policiais foi fundamental para a operação de hoje, e esperamos que isso enfraqueça significativamente o núcleo financeiro dessa organização criminosa”, afirmou.
A operação contou com um efetivo significativo de agentes que, simultaneamente, cumpriram os mandados em cidades espalhadas pelo Brasil, visando não só prender os envolvidos, mas também coletar mais provas que possam desmantelar toda a estrutura da quadrilha.
Consequências e desdobramentos
Com a deflagração da Operação Portokali, a expectativa é de que a organização criminosa sofra um duro golpe, especialmente em seu braço financeiro. A Polícia Civil de Goiás acredita que a prisão dos líderes e o bloqueio de bens possam interromper o fluxo de recursos que alimentava as atividades criminosas do grupo.
As investigações seguem em curso, e novos desdobramentos são esperados nos próximos dias. Além disso, a Polícia Civil também investigará a possibilidade de outras ramificações do esquema envolvendo pessoas em cargos estratégicos, tanto no Brasil quanto no exterior.
Tags: #OperaçãoPolicial #TráficoDeDrogas #LavagemDeDinheiro #OstentaçãoCriminosa #PCGO #VidaDeLuxo #Portokali #CrimeOrganizado