PM da reserva é suspeito de atirar em idosa e neto após discussão por causa de cachorro no Setor Jaó
Tiros atingiram a idosa na barriga e o celular do neto; caso está sendo investigado pela Polícia Civil e PM abriu processo administrativo.

Um policial militar da reserva, de 60 anos, é investigado por atirar em uma idosa de 73 anos e no neto dela, de 35, após um desentendimento envolvendo o cachorro da família no Setor Jaó, em Goiânia. O incidente aconteceu na noite da última sexta-feira (24) e gerou grande repercussão.
Segundo relatos da família e informações da Polícia Civil, o neto passeava com seu vira-lata caramelo de porte médio quando o animal teria avançado em direção ao militar, que estava acompanhado de uma criança em uma bicicleta. A situação desencadeou uma discussão, durante a qual o policial sacou uma arma e realizou disparos.
Detalhes do incidente
De acordo com Fabiana Rodrigues, filha da idosa ferida, o cachorro teria assustado o policial, que reagiu agressivamente. Após uma troca de palavras, o militar ameaçou atirar no animal, levando o neto e a idosa a recuarem para dentro de casa e fecharem o portão. No entanto, mesmo com o portão fechado, o policial realizou dois disparos: um acertou a barriga da idosa e o outro atingiu o celular que estava no bolso do neto, evitando um ferimento mais grave.
“A minha mãe saiu no portão para entender o que estava acontecendo, e ele já estava agressivo. Mesmo com o portão fechado, ele atirou. Graças a Deus ele não tinha visibilidade completa do que estava fazendo, senão a tragédia teria sido ainda maior”, relatou Fabiana.
Atendimento médico e investigações
A idosa foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao Hospital de Urgências de Goiás (Hugo). O estado de saúde dela não foi divulgado pela unidade, que afirmou só fornecer informações a familiares.
O policial militar da reserva se apresentou espontaneamente à delegacia após o ocorrido e foi liberado após prestar depoimento. A Polícia Militar informou que instaurou um procedimento administrativo para apurar os fatos e destacou que não compactua com desvios de conduta de seus integrantes.
A Polícia Civil investiga o caso e pode indiciar o militar por lesão corporal. Perícias estão sendo realizadas para confirmar as circunstâncias do ocorrido e determinar se houve excesso por parte do policial.
Revolta e insegurança na comunidade
O caso gerou indignação entre os moradores do Setor Jaó. A família das vítimas expressou preocupação com a postura do policial e afirmou que espera que a justiça seja feita. “É inadmissível que alguém com treinamento e que deveria proteger a sociedade use a arma de forma tão irresponsável. Poderia ter sido fatal”, desabafou Fabiana.
O incidente reacende debates sobre o uso de armas por policiais da reserva e a necessidade de maior controle e supervisão. A comunidade local aguarda respostas e medidas concretas para evitar que situações semelhantes se repitam.
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