Piloto e companheira são presos por tráfico de cocaína; suspeito teria se formado para atender o crime organizado
Casal fazia parte de organização criminosa em Hidrolândia; polícia apreende drogas, dinheiro e investiga conexões com o garimpo ilegal.
Um piloto de avião de 30 anos e sua companheira, de 24, foram presos na sexta-feira (20) em Hidrolândia, Região Metropolitana de Goiânia, suspeitos de envolvimento em uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas. Segundo a Polícia Militar (PM), o homem teria concluído o curso de piloto exclusivamente para prestar serviços ao crime organizado, transportando grandes quantidades de entorpecentes.
Durante a operação, conduzida em ação conjunta entre a Companhia de Policiamento Especializado (CPE) e a Polícia Civil, foram apreendidos drogas, quase R$ 20 mil em espécie e outros itens ligados às atividades ilícitas do casal.
Formação voltada ao crime
De acordo com o tenente Ricardo Rodrigues Machado, o piloto não trabalhava em companhias de aviação regularizadas, mas utilizava suas habilidades para operar voos clandestinos a serviço de traficantes. “Ele foi treinado com o objetivo de integrar a logística do tráfico. Essa prática evidencia como organizações criminosas têm investido em infraestrutura para ampliar suas operações”, explicou o oficial.
Além disso, o suspeito já havia sido preso em 2023, quando foi flagrado com sete tabletes de cocaína e uma pistola em uma ação conjunta da CPE e Polícia Federal. Desde então, ele estava sob monitoramento das autoridades.
Relação com garimpo ilegal
Outro ponto que chama atenção nas investigações é o possível envolvimento do piloto com garimpos ilegais. Conforme relatos da polícia, ele estaria atuando como intermediário no transporte de materiais e recursos provenientes de mineração clandestina, reforçando o vínculo entre o tráfico de drogas e outras atividades ilícitas.
“O crime organizado frequentemente diversifica suas fontes de renda, e esse caso é um exemplo claro de como essas operações estão conectadas. Estamos aprofundando as investigações para identificar todos os envolvidos”, afirmou o delegado responsável pela apuração.
Prisões e apreensões
Além das prisões do casal, a polícia apreendeu:
- Drogas, cuja quantidade ainda está sendo avaliada;
- Quase R$ 20 mil em espécie, suspeitos de serem oriundos do tráfico;
- Equipamentos e documentos que podem ajudar a rastrear a movimentação da organização.
Os dois foram encaminhados à Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), onde foram autuados por tráfico de drogas, associação criminosa e outros crimes relacionados.
Investigação em andamento
A Polícia Civil segue com as investigações para identificar outros membros da organização criminosa, bem como sua estrutura e alcance. Informações preliminares indicam que o grupo operava não apenas em Goiás, mas também em outros estados, utilizando aeronaves para transporte de entorpecentes em rotas clandestinas.
“A integração entre as forças de segurança é essencial para combater organizações complexas como essa. Esse caso mostra que a atuação conjunta entre polícia militar, civil e federal pode trazer resultados significativos”, destacou o tenente Ricardo.
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