PF desmonta grupo que se passava por policiais federais para extorquir criminosos, em Goiás
Operação Isfet 2 cumpre 11 mandados de busca e apreensão e seis prisões temporárias em Goiás e Mato Grosso do Sul
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (11/11) a Operação Isfet 2, visando desarticular um grupo criminoso que se passava por agentes da corporação para extorquir traficantes e integrantes de facções já condenados pela Justiça. A investigação, conduzida pela Superintendência da PF em Goiás, identificou uma estrutura organizada que oferecia falsa imunidade em supostas investigações.
Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão temporária em Goiânia, Goianira, Trindade (GO) e Campo Grande (MS). O delegado responsável pelo caso, Murilo de Oliveira, destacou a singularidade do esquema:
“Não é incomum criminosos se passarem por policiais. Porém, indivíduos usando essa identidade para abordar e extorquir outros criminosos é algo que observamos pela primeira vez”, afirmou.
Investigação e modus operandi
As investigações começaram em março de 2025, após denúncia apresentada por advogado de uma das vítimas. Inicialmente, havia suspeita de envolvimento de policiais, mas a apuração revelou que se tratava de um grupo falso de agentes federais.
O grupo utilizava a imagem da PF para realizar reuniões próximas à Superintendência Regional em Goiás, conferindo aparência de legitimidade. Nessas reuniões, os criminosos eram coagidos a efetuar pagamentos em troca de suposta proteção ou da interrupção de investigações fictícias.
Segundo a PF, os principais executores estão em Goiás, mas a rede de mentores e intermediários se estende a outros estados, incluindo Mato Grosso do Sul. Durante as apurações, foi constatado que membros do grupo chegaram a se deslocar para acompanhar familiares das vítimas em outras cidades, ampliando o alcance das extorsões.
A Operação Isfet 2 é uma continuidade da primeira fase da investigação e busca atingir todos os elos do grupo, desde os responsáveis pela escolha de alvos até os executores das extorsões. A PF reforça que o esquema configurava crime grave e que o trabalho visa preservar a integridade do sistema de justiça e coibir a prática de fraudes envolvendo a identidade de órgãos públicos.
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