22 de dezembro de 2024
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Organização criminosa de carros de luxo é alvo de megaoperação em Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro

Polícia Civil de Goiás investiga esquema de desmanche e revenda de veículos de luxo roubados com prejuízo milionário; 68 mandados são cumpridos em três estados.
Organização criminosa era especializada em roubo de veículos no Sudeste do país e comercializar as peças em Goiás. (Divulgação/PCGO)

Uma operação coordenada pela Polícia Civil de Goiás desmantelou, nesta quinta-feira (5), uma organização criminosa especializada no roubo, desmanche e venda de veículos de luxo em Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro. Batizada de Operação Commander, a ação cumpre 68 mandados judiciais, sendo 14 de prisão temporária e 54 de busca e apreensão, em diversas cidades, incluindo Goiânia, São Paulo e Rio de Janeiro.

De acordo com as investigações conduzidas pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), o grupo criminoso atuava desde 2023 adquirindo veículos de luxo furtados ou roubados, especialmente na região Sudeste do Brasil. Após adulterar os sinais identificadores das peças e dos veículos, os criminosos transportavam os itens em caminhões, utilizando notas fiscais falsas para evitar a fiscalização.

Esquema milionário

A delegada Rafaela Azzi, responsável pela operação, explicou que os carros roubados eram desmanchados e as peças comercializadas em Goiás. Em alguns casos, os veículos eram trazidos inteiros para serem revendidos a preços muito abaixo do mercado. “Houve uma tentativa de oferecer um Jeep Commander, avaliado em cerca de R$ 250 mil, por apenas R$ 15 mil”, revelou.

As investigações também apontaram que o grupo movimentava componentes veiculares de estados como São Paulo, onde estabeleceu uma base de operações. Além disso, as peças adulteradas eram distribuídas para comerciantes de Goiás, potencializando a receptação no estado.

Mandados em três estados

A operação foi articulada em conjunto com as polícias civis de São Paulo e Rio de Janeiro, com alvos em:

  • Goiânia e Trindade (GO)
  • São Paulo, Sorocaba e São José dos Campos (SP)
  • Rio de Janeiro (RJ)

Ao todo, 27 pessoas físicas e 21 empresas são investigadas por envolvimento no esquema. Durante as diligências, diversos itens, como celulares e computadores, foram apreendidos e serão submetidos a análise pericial.

Impacto da Operação Commander

A delegada destacou a gravidade da atuação da quadrilha, que causou prejuízos milionários e representava uma ameaça à segurança pública e ao mercado de veículos de luxo. “O nome da operação faz alusão a um dos modelos oferecidos de forma criminosa. Este é um trabalho minucioso que exigiu cooperação interestadual”, afirmou Rafaela Azzi.

A operação segue em andamento, e a Polícia Civil trabalha para identificar outros possíveis envolvidos e aprofundar a investigação do esquema.


A Operação Commander chama atenção não apenas pelo número de mandados, mas pela complexidade do esquema, que envolvia a falsificação de documentos, logística interestadual e redes de distribuição ilegais. O caso reforça a importância do combate às organizações criminosas especializadas em fraudes e receptação.

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