Oficina em Goiânia é flagrada furtando energia elétrica em esquema clandestino no Jardim Atlântico
Polícia Civil, com apoio da Equatorial e da Polícia Científica, descobre ligação direta irregular em oficina de lanternagem que operava com fornecimento furtado.

Em operação realizada na manhã desta segunda-feira (5), a Polícia Civil de Goiás, por meio da Central de Flagrantes da 1ª Delegacia Regional de Polícia (DRP) de Goiânia, flagrou uma oficina de lanternagem automotiva que funcionava com energia elétrica obtida de forma clandestina no Setor Jardim Atlântico, na capital goiana.
A investigação teve início após uma denúncia anônima, que apontava que o estabelecimento operava normalmente com alto consumo elétrico, mesmo sem registro de medição oficial pela concessionária responsável. Diante das informações, agentes da Polícia Civil foram ao local acompanhados de peritos da Polícia Científica e de uma equipe técnica da Equatorial Goiás, concessionária de energia do estado.
Perícia confirma fraude no fornecimento
No local, os técnicos confirmaram a existência de uma ligação direta irregular à rede elétrica, sem qualquer tipo de equipamento de medição ou aferição de consumo. Segundo o laudo preliminar da perícia, a instalação foi feita de forma intencional para burlar o sistema de cobrança da distribuidora.
“A ligação clandestina foi feita de forma rudimentar, mas eficiente para alimentar todo o funcionamento da oficina. Não havia relógio medidor nem qualquer controle de consumo”, informou um perito da Polícia Científica presente no local.
Proprietário admitiu o crime
Durante a abordagem, o proprietário da oficina, que não teve a identidade divulgada, admitiu espontaneamente que sabia da irregularidade, mas alegou não ter recursos financeiros para regularizar o fornecimento de energia. No entanto, ele nunca procurou a Equatorial para formalizar qualquer contrato ou regularização do serviço.
Diante dos fatos e da materialidade comprovada, o responsável foi conduzido à Central de Flagrantes, onde foi autuado por furto qualificado de energia elétrica, com base no artigo 155, §3º do Código Penal Brasileiro, que trata de crime de furto com fraude e artifício, cuja pena pode chegar a oito anos de reclusão.
Impactos e prejuízo ao sistema
Segundo a Equatorial Goiás, o furto de energia, conhecido como “gato”, é um dos grandes desafios enfrentados pelas concessionárias. Além do prejuízo financeiro à empresa — estimado em milhões de reais anuais em Goiás —, essa prática representa risco à segurança pública, podendo provocar curtos-circuitos, incêndios e até mortes.
“É importante destacar que o furto de energia compromete toda a cadeia de distribuição. O fornecimento irregular pode causar sobrecarga na rede e afetar a estabilidade do serviço para os demais consumidores”, explicou um porta-voz da Equatorial.
Repressão e canais de denúncia
A operação integra uma força-tarefa da Polícia Civil em conjunto com a Equatorial que tem intensificado o combate a crimes energéticos em Goiânia e região metropolitana. A população pode colaborar com denúncias anônimas por meio do Disque 197 da Polícia Civil ou diretamente pelos canais da Equatorial Goiás.
A Polícia Civil continuará investigando se há outros envolvidos ou técnicos responsáveis pela instalação da ligação clandestina, o que pode levar a novos indiciamentos por participação no crime.
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