21 de novembro de 2024
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O Ministério Público pede a absolvição da mãe acusada de homicídio de suas duas filhas.

O pedido de absolvição foi baseado na avaliação de insanidade mental realizada pelo sistema judiciário, que determinava que uma mulher sofria de transtorno psicótico e não possuía a capacidade de compreender suas ações.
Izadora Alves de Faria suspeita de matar as filhas Maria Alice, de 6 anos, e Lavínia, de 10, em Edéia Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Ministério Público de Goiás (MPGO) exigiu a absolvição de Izadora Alves de Faria, a mãe que admitiu ter cometido o assassinato de suas duas filhas por afogamento e facadas em Edéia, no sul de Goiás, em setembro do ano passado. Esse pedido foi fundamentado no resultado do exame de insanidade mental realizado pelo sistema judiciário, que concluiu que a mulher Sofia de transtorno psicótico e não tinha capacidade de compreender a natureza errônea de seus atos durante a perpetração do crime.

“O promotor encarregado da manifestação esclarece que o pedido está em conformidade com as normas técnicas e legais, respeitando os devidos processos penais e constitucionais”, declarou o MPGO à mídia. Além da absolvição, também foi exigido que a Izadora fosse incluída no Programa de Atenção ao Louco Infrator.

Segundo o delegado Daniel Gustavo, a dona de casa Izadora Alves de Faria teria assassinado as duas filhas facadas antes de fugir de casa. A polícia foi alertada quando o pai chegou ao local e encontrou as filhas sem vida.

Ao prestar depoimento à Polícia Civil, o pai relatou que encontrou as meninas mortas em um colchão, na garagem de casa, no Setor Samambaia. O crime chocou tanto os moradores de Edéia quanto os policiais que estiveram envolvidos no caso.

“Essa situação chamou a atenção; é um caso muito triste que está tendo uma grande repercussão. A cidade é conhecida por ser calma e impor. É inacreditável uma mãe cometer um crime tão horrendo contra suas próprias filhas”, concluiu o delegado Daniel Moura.

A mãe, Izadora, admitiu o crime às autoridades policiais, confessando ter assassinado suas duas filhas, Maria Alice, de 6 anos, e Lavínia, de 10 anos.

Segundo o relato do delegado Daniel, ela afirmou ter envenenado, afogado e, em seguida, deferida facadas nas crianças.

“No local do crime, foram encontrados fingimentos que sugeriam essa sequência de ações. Um frasco de veneno para ratos estava aberto, outro fechado, e havia uma caixa d’água cheia com uma extensão elétrica ligada, como se ela tivesse a intenção de eletrocutar “, descreveu o delegado.

Horas após o crime, a mulher foi localizada com a assistência de cães farejadores em um matagal próximo à residência. Ela apresentou sinais de tentativa de suicídio e foi internada. O delegado informou que, durante o depoimento, Izadora detalhou a forma como cometeu o crime e não demonstrou nenhum sinal de remorso ou arrependimento.

“Em sua mente, ela acreditava que estava fazendo um favor às crianças, livrando-as de uma vida como a que ela havia vivido”, afirmou o delegado.

O pai das meninas relatou aos policiais militares que, na noite anterior ao crime, ele e Izadora planejaram, e ela ameaçou tirar a própria vida e assassinar as filhas.

“O pai informou que o relacionamento dos dois foi tumultuado e que ela estava precisando de tratamento psiquiátrico, pois não estava bem”, acrescentou o delegado.