19 de setembro de 2024
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Na rede municipal de saúde de Goiânia, aproximadamente 170 mil pessoas aguardam a realização de exames médicos.

O programa lançado em novembro contempla ultrassonografias para cerca de 120 mil pessoas, no entanto, uma fila ainda persiste, aguardando a realização desses exames.
O secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, e o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, no lançamento do Programa Corujão de
Ultrassonografia para zerar fila de espera e realizar 120 mil exames (Prefeitura de Goiânia)

Milhares de indivíduos aguardam em filas para realizar diversos exames oferecidos pela rede municipal de Saúde de Goiânia. Excluindo a fila de quase 120 mil ultrassonografias já contempladas pelo programa Corujão de Ultrassonografia lançado em novembro, existe uma demanda de 170,8 mil pedidos de exames, abrangendo desde raios-x até biópsias, aguardando execução. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) expressa a intenção de realizar outros corujões para lidar com essa demanda reprimida.

Com base em informações obtidas através da Lei de Acesso à Informação (LAI), no início de novembro deste ano, aproximadamente 15 mil moradores de Goiânia aguardavam por um simples raio-x, um exame de imagem essencial para diagnósticos que vão desde fraturas até pneumonias . Adicionalmente, 1,2 mil cidadãos esperavam por um encefalograma, e 35,3 mil por um eletrocardiograma. Ambos os exames que utilizam eletrodos para registrar a atividade do cérebro e do coração, respectivamente, são cruciais para diagnosticar condições como epilepsia e arritmia cardíaca.

Outras 37,4 mil pessoas aguardam por uma endoscopia, um procedimento que examina o interior dos órgãos do trato digestivo e auxilia no diagnóstico de doenças como gastrite. A colonoscopia, realizada no intestino grosso, essencial para identificar lesões que podem evoluir para o câncer, tem 21,1 mil pessoas na fila de espera. Além disso, 57 mil indivíduos aguardam para a realização de exames de sangue, um teste fundamental para avaliar a condição de saúde dos pacientes. Outros 3,5 mil esperam por biópsias de média complexidade, um procedimento que visa diferenciar se um tumor é benigno ou maligno.

O pedido de informação enviado por SMS indagou sobre o tempo médio de espera entre uma consulta médica e a realização dos exames, mas a resposta da pasta indicou a impossibilidade de mensurar essa informação. Um SMS destacou que o sistema de agendamento de exames está programado para seguir a ordem cronológica da fila de espera e a oferta de vagas dos entrevistados. A alta demanda por tais exames foi agravada pelas paralisações durante a pandemia da Covid-19, resultando em uma morosidade crescente.

A SMS esclareceu que, durante a pandemia, foram publicadas portas suspendendo temporariamente os atendimentos eletivos. Após o término da emergência, os atendimentos foram retomados de acordo com a ordem da fila, gerando uma aglomeração na respectiva fila de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Quanto às ultrassonografias, o programa Corujão de Ultrassonografia lançado em novembro visa zerar a fila de espera pelo exame, envolveu 16 clínicas da rede privada que atendem usuários do SUS em horários alternativos. O cronograma de atendimento leva em consideração o tempo de espera, com pacientes sendo destinados aos assuntos atuais, contatados para confirmar a necessidade do exame ou submetido a consulta em telemedicina, dependendo do período de espera. O programa está em andamento, e os resultados da primeira fase, que envolveram telefonemas aos pacientes, serão consolidados na próxima semana. O trabalho com pacientes que aguardam há mais de 180 dias ainda não foi iniciado.