Mulher sofre agressões com cadeira durante discussão em Caldas Novas; companheiro é preso em flagrante
Conflito teria sido provocado por ciúmes dentro da casa do empregador do casal. Vítima sofreu lesões graves e foi levada à UPA; Polícia Militar afirma que suspeito admitiu usar uma cadeira, mas negou tê-la golpeado na cabeça da companheira.

Uma mulher foi gravemente ferida após ser agredida com uma cadeira durante uma discussão em Caldas Novas, no sul de Goiás. Segundo informações da Polícia Militar, o agressor é o próprio companheiro da vítima, detido em flagrante logo após o episódio. O caso aconteceu na residência do empregador do casal, onde todos estavam reunidos no início da noite de segunda-feira (1º).
A PM informou que a confusão começou quando o patrão da vítima e de seu companheiro reagiu negativamente ao ver que a esposa havia curtido uma foto de outro homem nas redes sociais. Após um tapa desferido pelo empregador contra a própria esposa, ela revidou, dando início a uma briga. O companheiro da vítima e sua parceira tentaram intervir, mas a situação escalou.
Durante o depoimento à polícia, o suspeito confirmou ter pegado uma cadeira no momento da discussão, mas negou que tenha usado o objeto para ferir a cabeça da mulher. A versão, porém, não corresponde ao quadro clínico apresentado pela vítima, que sofreu ferimentos considerados graves e precisou ser encaminhada para atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Caldas Novas. Por não ter o nome divulgado oficialmente, não foi possível atualizar o estado de saúde dela.
A defesa do suspeito não foi localizada até a conclusão desta reportagem. O nome do agressor também não foi divulgado pela corporação.
Contexto nacional: violência contra mulheres permanece alarmante
O caso em Caldas Novas ocorre em um cenário nacional marcado por índices persistentes de violência doméstica. Segundo o Mapa Nacional da Violência de Gênero, divulgado em novembro, cerca de 3,7 milhões de mulheres sofreram algum tipo de violência doméstica no intervalo de 12 meses. Em 71% dos episódios, as agressões ocorreram diante de outras pessoas e, entre esses casos, 70% envolveram a presença de crianças.
A pesquisa também destaca os caminhos de acolhimento buscados pelas vítimas após sofrerem violência. De acordo com os dados, 58% das mulheres procuraram apoio familiar, 53% recorreram a instituições religiosas e 52% contaram com amigos próximos.
Especialistas afirmam que a subnotificação permanece alta, tanto por medo quanto pela dificuldade de acesso a estruturas de proteção, e reforçam a importância da denúncia imediata em situações de risco. Serviços como o Ligue 180, a Polícia Militar (190) e as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher são canais essenciais para interromper ciclos de agressão.
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