18 de outubro de 2024
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Mulher é brutalmente esfaqueada pelo companheiro no Centro de Goiânia e sobrevive após pedir socorro; agressor é preso em Nerópolis

Tentativa de feminicídio chocou moradores; vídeo das câmeras de segurança mostra a vítima correndo ensanguentada pelos corredores do prédio.
Mulher corre por corredor após ser esfaqueada, em Goiânia, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Militar

Uma tentativa de feminicídio ocorreu na tarde da última segunda-feira (30), no Centro de Goiânia, quando uma mulher de 53 anos foi violentamente esfaqueada pelo companheiro de 55 anos. Segundo a Polícia Militar (PM), o crime aconteceu no apartamento onde o casal morava há apenas dois meses. Câmeras de segurança flagraram o momento em que a vítima, ensanguentada, correu pelos corredores do prédio pedindo socorro, uma cena que abalou os vizinhos e trouxe à tona mais um caso de violência doméstica.

A vítima, que sofreu vários golpes no pescoço, foi socorrida e encaminhada em estado grave para uma unidade de saúde. O agressor, identificado como Juverci Miquelante, foi localizado horas depois em Nerópolis, a cerca de 30 km de Goiânia, para onde tentou fugir após o ataque.

Fuga e Prisão

Após cometer o crime, Juverci fugiu em seu veículo, deixando a companheira gravemente ferida. A Polícia Militar de Goiás, através do 38º Batalhão, agiu rapidamente ao ser acionada pelos moradores que presenciaram o desespero da mulher. Graças às informações obtidas pelas testemunhas e o monitoramento da rede de segurança pública, Juverci foi preso na cidade de Nerópolis, ainda no mesmo dia, sem oferecer resistência. Ele está detido e responderá por tentativa de feminicídio.

Motivo: Não Aceitava o Fim do Relacionamento

De acordo com relatos preliminares coletados pela polícia, o principal motivo do ataque foi o fato de Juverci não aceitar o término da relação. A mulher teria expressado seu desejo de encerrar o relacionamento, o que, segundo investigações, teria motivado a fúria do companheiro. Segundo o tenente Carlos Soares, responsável pela investigação, “o crime foi premeditado, já que Juverci usou uma faca de cozinha para golpear a vítima várias vezes, mirando na região do pescoço”.

Imagens Fortes

As imagens das câmeras de segurança do prédio são impactantes. Elas mostram a mulher correndo pelos corredores do prédio, com as mãos no pescoço, tentando conter o sangue enquanto gritava por socorro. Vizinhos relataram à polícia que ouviram os gritos de desespero da vítima e logo acionaram as autoridades. “Foi uma cena chocante. Nós sabíamos que ela estava em risco, mas não imaginávamos a gravidade”, contou uma moradora do edifício, que preferiu não se identificar.

Aumento da Violência Doméstica

O caso reacende o debate sobre o aumento da violência contra a mulher no Brasil, especialmente no contexto doméstico. De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, só em 2023 houve um aumento significativo de casos de feminicídio em Goiás, refletindo uma tendência nacional preocupante. O tenente Soares destaca que “é fundamental que as mulheres que se encontram em situações de violência procurem ajuda, seja através do Disque 180 ou de órgãos de apoio à mulher.”

Estado de Saúde da Vítima

Até o fechamento desta matéria, a mulher, cujo nome não foi divulgado por razões de segurança, permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital público em Goiânia. Segundo os médicos, seu estado é grave, mas estável. A equipe médica informou que ela passou por uma cirurgia de emergência para estancar as hemorragias causadas pelos golpes no pescoço.

Ação das Autoridades

A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) está à frente das investigações. A delegada responsável pelo caso, Patrícia Soares, afirmou que Juverci será indiciado por tentativa de feminicídio e que o processo será conduzido com máxima celeridade para garantir a justiça à vítima. Ela também reforçou a importância de denúncias em casos de violência doméstica: “Este caso mostra como uma situação aparentemente controlada pode escalar rapidamente. Toda denúncia é vital”.


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Fontes:

  • Polícia Militar de Goiás