Mudanças no financiamento habitacional geram corrida por imóveis antes da nova regra entrar em vigor

Redução do percentual financiado e novas condições de crédito na Caixa forçam consumidores a reunir mais recursos para a compra de imóveis a partir de novembro.

As recentes alterações nas regras de financiamento da Caixa Econômica Federal estão agitando o mercado imobiliário. A partir de 1º de novembro, os consumidores que desejarem financiar imóveis enfrentarão condições menos favoráveis: na tabela SAC, o percentual de financiamento cairá de 80% para 70% do valor do imóvel, enquanto na tabela Price, essa redução será ainda mais drástica, de 70% para 50%. Além disso, o comprador não poderá mais ter outro financiamento ativo com a Caixa, e o limite do valor do imóvel financiável será de até R$ 1,5 milhão.

Essas mudanças obrigarão os consumidores a buscar mais recursos próprios, correspondendo a 10% a 20% a mais do valor do imóvel que antes poderia ser financiado. Como resultado, uma corrida para aquisição de imóveis sob as regras atuais, antes da virada do mês, foi desencadeada, com compradores buscando aproveitar as condições mais vantajosas antes da vigência das novas normas.

Pressão sobre consumidores e movimentação no mercado

A decisão do governo de adiar o início das novas regras de 21 de outubro para 1º de novembro trouxe um fôlego adicional para quem já estava planejando a compra de um imóvel. Segundo Ronaldo Dantas, especialista imobiliário e diretor da My Broker Imobiliária, a mudança deve impactar o mercado de maneira significativa: “Essa redução no percentual financiado deve ser adotada por outros bancos, já que os saques da poupança estão aumentando e, com eles, os recursos destinados ao crédito imobiliário estão encolhendo. Isso pressiona o consumidor a buscar novas formas de financiar seu imóvel”, explica Dantas.

Nas 62 lojas da My Broker espalhadas pelo Brasil, a preocupação dos clientes com as novas regras tem sido notória, gerando um aumento nas consultas e pedidos de simulações de financiamento. Para facilitar a decisão dos compradores, a imobiliária está promovendo uma série de feirões imobiliários, com destaque para o 4º Shopping do Imóvel My Broker, que ocorre no Shopping Flamboyant, em Goiânia, até o próximo domingo (20).

Oportunidades e ofertas exclusivas no Shopping do Imóvel

O evento reúne 40 incorporadoras e mais de 5 mil imóveis, entre lotes, chácaras, casas em condomínios horizontais e bairros abertos, apartamentos populares do programa Minha Casa Minha Vida, além de imóveis de alto padrão. As ofertas incluem descontos de até 20% e opções de entrada reduzida, com valores a partir de R$ 1.000.

“A escolha de um imóvel é uma decisão complexa, que exige conhecimento sobre as ofertas e conversas com diversos profissionais. Nos nossos feirões, reunimos as incorporadoras em um só lugar, facilitando esse processo para as famílias e investidores”, destaca Dantas. Além disso, o feirão oferece a presença de correspondentes imobiliários para aprovação de crédito no local, além de avaliadores de imóveis e veículos, permitindo que os consumidores façam a precificação de bens que possam ser utilizados como parte da entrada no financiamento.

Diversificação de investimentos

Uma novidade do evento é a oferta de imóveis em Portugal e nos Estados Unidos, trazidos pelas unidades da My Broker na Flórida e em Lisboa. Segundo Dantas, essas opções atendem ao público interessado em diversificar seus investimentos no exterior, garantindo oportunidades em mercados imobiliários valorizados e com potencial de retorno financeiro.

Mudanças no crédito habitacional: o que esperar?

Com o encurtamento dos prazos e a exigência de maior entrada, o consumidor precisará se planejar melhor para a compra de imóveis nos próximos meses. A queda dos recursos da poupança e o cenário econômico incerto estão forçando os bancos a ajustarem suas condições de crédito, e especialistas do setor indicam que outros bancos também devem seguir a mesma linha adotada pela Caixa.

Para quem pretende adquirir um imóvel, essa é a última oportunidade de aproveitar as condições mais vantajosas vigentes até o fim de outubro. Após isso, a tendência é que os consumidores precisem reunir mais recursos próprios para concretizar seus sonhos de compra.

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