19 de setembro de 2024
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Uma fazenda em Hidrolândia, que era usada para exploração sexual de mulheres em Goiás, foi ocupada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

Na madrugada deste sábado (25), mais de 600 famílias do Movimento Sem Terra (MST) ocuparam a Fazenda São Lukas em Hidrolândia, que pertencia a um grupo condenado por crimes de exploração sexual. A propriedade integra o patrimônio da União desde 2016 e agora o MST busca que a área seja destinada à reforma agrária. O Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduino e a Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil atuam como mediadores e informaram que a Secretaria de Patrimônio da União já foi informada da ocupação pela Controladoria-Geral da União (CGU) e que o superintendente regional da SPU em Goiás fará uma visita à área para entregá-la ao Incra para fins de reforma agrária. A Polícia Militar (PM) foi acionada, mas a ocupação está mantida e o Incra ainda não recebeu nenhuma pauta do movimento solicitando a área ou avaliação da mesma para reforma agrária.

Durante a Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, que acontece em todo o país durante o mês de março, mais de 600 famílias do MST ocuparam a Fazenda São Lukas em Hidrolândia. De acordo com Patrícia Cristiane, da direção nacional do MST, a ocupação denuncia o aumento da violência contra as mulheres do campo e busca dar destaque à pauta da terra. A área, que antes foi usada para explorar e violentar mulheres, agora é reivindicada pelo movimento para a reforma agrária e produção de alimentos saudáveis. A propriedade, que pertencia às condenadas Angélica Fassini de Andrade e Adriana Fassini de Andrade, bem como a seus cúmplices Ericson Fassini, Pietro Chielsa e Robert Alfred Suter, foi alvo da Operação Fassini da Polícia Federal, em 2010.