Movimento ‘Juntos Somos Mais Fortes’ visa combater desinformação e ampliar acesso ao diagnóstico precoce do câncer de mama

Com previsão de 74 mil novos casos até 2025, a campanha busca mobilizar a sociedade com informação precisa e ações para fortalecer o tratamento e cura do câncer de mama no Brasil.

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que até 2025 o Brasil registrará cerca de 74 mil novos casos de câncer de mama. Em resposta a esse cenário alarmante, sete das principais sociedades médicas brasileiras se uniram para lançar a campanha “Juntos Somos Mais Fortes”. O movimento tem como principal objetivo aumentar o acesso ao diagnóstico precoce, melhorar a qualidade dos exames e combater a desinformação sobre o câncer de mama, que ainda afeta a vida de milhares de mulheres.

A campanha, liderada pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) em parceria com outras entidades, destaca que, com o avanço das tecnologias e tratamentos, o câncer de mama tem cura em muitos casos, especialmente quando detectado precocemente. “Embora receber o diagnóstico seja um momento desafiador, estamos aqui para lembrar que há esperança. Com um tratamento adequado e rápido, as chances de cura podem ser elevadas”, afirma a Dra. Anelisa Coutinho, presidente da SBOC.

Principais desafios e a luta contra a desinformação

Além de reforçar a importância do diagnóstico precoce e de tratamentos inovadores, a campanha destaca a necessidade urgente de combater as fake news. Segundo o National Cancer Institute (NCI), um terço das postagens sobre câncer nas redes sociais contém informações incorretas. Esse dado preocupante revela como a desinformação pode impactar a saúde pública. “A propagação de fake news sobre o câncer de mama coloca em risco a saúde das pacientes e atrasa o início dos tratamentos corretos”, alerta a Dra. Daniela Rosa, coordenadora do Comitê de Tumores Mamários da SBOC.

A importância da mamografia

A mamografia, exame essencial para detectar alterações precoces no tecido mamário, tem papel crucial na campanha. O exame é recomendado para mulheres a partir dos 40 anos e pode identificar sinais iniciais da doença, possibilitando uma chance de cura de até 95% quando detectado em estágios iniciais. “Precisamos garantir que todas as mulheres tenham acesso a exames de qualidade e que os resultados sejam rápidos para que os tratamentos possam ser iniciados o quanto antes”, completa Daniela Rosa.

O impacto da informação confiável

Uma das principais iniciativas do movimento é a criação de uma plataforma online onde serão divulgados conteúdos atualizados, revisados e respaldados por especialistas, com o objetivo de combater a desinformação e proporcionar dados confiáveis para a população. “Nosso compromisso é garantir que o público tenha acesso a informações claras e baseadas em evidências científicas”, reforça Anelisa Coutinho.

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