Motorista por aplicativo é investigado após arrastar jovem e destruir encomenda de doces, em Goiânia
Discussão por forma de pagamento de corrida de baixo valor terminou em agressão, prejuízo material e registro policial no setor Solar Ville
Um episódio de violência urbana envolvendo um motorista por aplicativo mobiliza autoridades e reacende o debate sobre segurança nas plataformas de transporte em Goiânia. Uma jovem de 23 anos denunciou ter sido arrastada por um veículo após uma discussão relacionada ao pagamento de uma corrida no valor de R$ 6,25, fato que resultou em ferimentos leves, destruição de uma encomenda e forte abalo emocional.
O caso ocorreu por volta das 12h25, no setor Solar Ville, e foi registrado por câmeras de monitoramento da região. A vítima, Letícia Gonçalves Pontes Neres, auxiliar de escritório, havia solicitado o serviço de entrega por aplicativo para buscar doces destinados à festa de aniversário da irmã, marcada para a noite do mesmo dia. Moradora do mesmo bairro da confeiteira, Letícia optou pelo serviço para evitar o deslocamento a pé.
Segundo o relato prestado à polícia, o motorista entregou as caixas algumas casas adiante do endereço informado. Ao se aproximar do veículo e abrir a porta dianteira para retirar os doces, Letícia percebeu que o condutor já demonstrava irritação. A situação se agravou quando ela informou que dispunha apenas de uma nota de R$ 100 para quitar a corrida. A jovem afirmou ter sugerido alternativas comuns nesse tipo de serviço, como a devolução do troco por transferência eletrônica ou o abatimento em uma corrida futura, propostas que foram recusadas.
De acordo com o boletim de ocorrência, o motorista insistiu para que a passageira entrasse no carro para resolver a questão do pagamento. Diante da negativa, ele teria retido as encomendas e, em seguida, arrancado bruscamente com o veículo no momento em que Letícia tentava recuperar as caixas. A manobra fez com que a jovem fosse arrastada por alguns metros e derrubada no asfalto, enquanto os doces — avaliados em cerca de R$ 240 — caíam e eram danificados.
Imagens de segurança corroboram a dinâmica descrita pela vítima e já foram encaminhadas às autoridades. Letícia registrou ocorrência por lesão corporal e informou ter buscado atendimento para os ferimentos. Além do prejuízo financeiro, ela relata forte impacto emocional, agravado pela frustração de ter que reorganizar a festa poucas horas antes do evento.
A empresa responsável pelo aplicativo foi acionada e, segundo a vítima, entrou em contato afirmando que adotaria as providências cabíveis, conforme seus protocolos internos de segurança. Até o fechamento desta matéria, a plataforma não havia se manifestado oficialmente. O motorista envolvido também não foi localizado para comentar o ocorrido.
O caso é apurado pela Polícia Civil e deve subsidiar medidas tanto na esfera criminal quanto administrativa. A expectativa da vítima é que a apuração resulte em responsabilização efetiva, de modo a evitar a repetição de episódios semelhantes envolvendo usuários do serviço.
Tags: #SegurançaUrbana #Goiânia #TransportePorAplicativo #Violência #PolíciaCivil #DireitosDoConsumidor

