Motorista persegue e atropela motociclista de propósito após discussão no trânsito em Goiânia
Câmeras de segurança registram o momento em que o condutor de um carro atinge violentamente um motociclista por aplicativo. Vítima sofreu lesões, precisa de muletas para andar e ficará semanas sem trabalhar.
Um motociclista por aplicativo foi vítima de uma perseguição brutal seguida de atropelamento na manhã desta quarta-feira (12), no Setor Coimbra, em Goiânia. O jovem Higor Moraes Ribeiro, de 28 anos, relatou que foi fechado por um motorista enquanto contornava a Praça Walter Santos. A discussão, que começou com uma simples tentativa de alerta sobre o uso do celular ao volante, escalou para uma ocorrência prejudicial e perigosa por parte do condutor do carro.
Câmeras de segurança sinalizaram o momento em que o motorista avançava contra Higor e o derrubava com violência. Mesmo após as investidas, o agressor desce do veículo e continua a discutir com o motociclista, que caiu no asfalto e com a perna presa na moto. Uma mulher que acompanhava o motorista tenta contê-lo, mas, sem prestar socorro à vítima, os dois entram no carro e fogem do local.
“Ele me perseguiu até conseguir me derrubar”, diz a vítima
Higor contorno que segue para buscar uma passageira quando foi fechada pelo motorista. Ao perceber que o condutor usava o celular, ele tentou alertá-lo, mas a situação saiu rapidamente do controle.
“Eu estava na faixa da direita e, quando fui virar, esse rapaz jogou o carro para cima de mim e me fechou. Passei por ele e vi que estava no celular. Fiz um gesto para ele prestar atenção e, acho que já estava alterado, porque ele me deu fechado fora. Quando tentei sair, acabei esbarrando no retrovisor dele. Ele deve ter achado que eu iria quebrar, então começou a me perseguir.”
A perseguição terminou quando o motorista jogou o carro contra a moto de Higor, que foi ao chão com impacto. Como resultado do atropelamento, ele sofreu escoriações pelo corpo e uma operação no joelho que o impediu de andar sem muletas.
Prejuízo e indignação
Além das dificuldades físicas e emocionais, o motociclista agora enfrenta um prejuízo financeiro. Ele ficará semanas sem trabalhar e terá que arcar com cerca de R$ 1 mil para devolver a moto, que é alugada.
“Machuquei o joelho e os médicos suspeitam de uma lesão no ligamento. Só vou conseguir voltar a trabalhar quando conseguir dobrar e esticar a perna normalmente”, lamentou.
O pai de Higor, Dorivan Ribeiro, classificou o caso como tentativa de homicídio.
“Não foi acidente. Foi uma tentativa de homicídio. Um crime cometido por raiva sem trânsito. Isso não pode ficar impune”, desabafou.
Investigação e impunidade no trânsito
O caso foi registrado como lesão corporal e está sob investigação do 4º Distrito Policial de Goiânia. Até o momento, a Polícia Civil não informou se o motorista foi identificado ou localizado.
Enquanto isso, a vítima segue sem respostas e sem previsão de retomar seu trabalho. O atropelamento evidencia, mais uma vez, os riscos de violência no trânsito e a necessidade de punições mais rígidas para motoristas que transformam pequenas desavenças em atos de agressão deliberada.
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