Moto se parte ao meio após colisão em Aparecida de Goiânia: três pessoas ficam feridas
Impacto extremo entre duas motos resulta em cenário alarmante na Avenida Flamingo; acidentes com motocicletas continuam sendo uma grave emergência de saúde pública em Goiás.
Uma colisão entre duas motocicletas resultou em cenas de destruição e deixou três pessoas feridas na tarde de domingo (31), em Aparecida de Goiânia. O impacto foi tão forte que uma das motos partiu ao meio. O acidente ocorreu na Avenida Flamingo, no Setor Colina Azul, região de intenso fluxo de veículos.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, as três vítimas foram socorridas conscientes e encaminhadas ao Hospital de Urgências de Goiás (Hugo) e ao Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa). Até o fechamento desta edição, não havia atualização sobre o estado de saúde dos feridos.
A Polícia Militar informou que, ao chegar ao local, encontrou apenas um dos envolvidos, que já havia recebido atendimento inicial. Uma das motocicletas destruídas foi apreendida e levada ao pátio da corporação. Como não havia testemunhas ou familiares presentes, a dinâmica do acidente ainda será apurada pela Polícia Civil.
Trânsito em Goiás: motociclistas entre as principais vítimas
O acidente em Aparecida de Goiânia reforça uma realidade preocupante no estado. Segundo dados do Observatório da Segurança Viária, Goiás registra em média 600 mortes por ano envolvendo motociclistas — número que representa quase 40% das fatalidades no trânsito.
Entre 2023 e 2024, foram 1.205 óbitos de condutores e passageiros de motos. Somente no primeiro semestre de 2025, já foram confirmadas 243 mortes. No mesmo período, o estado contabilizou 633 óbitos em acidentes de trânsito no geral, além de mais de 42 mil ocorrências envolvendo veículos automotores.
As estatísticas de fiscalização também impressionam: apenas nos primeiros seis meses de 2025, foram aplicadas 2,1 milhões de multas em Goiás, sendo 60% delas por excesso de velocidade.
Pressão sobre o sistema de saúde
Além da tragédia humana, os acidentes com motociclistas têm elevado impacto econômico e social. Estima-se que, para cada morte registrada, pelo menos quatro pessoas sobrevivem com sequelas graves.
Hospitais regionais confirmam o peso dessa demanda. No primeiro semestre deste ano, o Hugol, em Goiânia, atendeu 2.662 vítimas de trânsito, das quais 73% eram motociclistas. No Heapa, em Aparecida, foram 997 casos, também com predominância de condutores e garupas de motos — um custo estimado em mais de R$ 4 milhões para o sistema público de saúde.
Em outras unidades, como o Hospital de Jataí e o Hospital de Anápolis, a média de vítimas motociclistas supera 70% do total de atendimentos relacionados ao trânsito.
Desafios para a mobilidade segura
Especialistas apontam que a vulnerabilidade dos motociclistas, aliada ao crescimento acelerado da frota e ao descumprimento das leis de trânsito, compõe um cenário crítico. O reforço da fiscalização, campanhas de educação viária e investimentos em infraestrutura são considerados medidas urgentes para reduzir os índices de mortalidade.
Enquanto as investigações sobre o acidente no Setor Colina Azul prosseguem, o episódio soma-se a uma estatística que coloca Goiás entre os estados com maiores desafios na segurança de motociclistas.
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