Milagre no Quartel: Bombeira Salva Bebê de 4 Meses Engasgado com Leite em Luziânia
Mãe corre desesperada até o Corpo de Bombeiros com filho desacordado nos braços; soldado Ingrid executa manobra e reverte quadro dramático em segundos.
Uma corrida contra o tempo e uma ação cirúrgica de uma bombeira militar transformaram uma tarde de pânico em uma história de alívio, esperança e gratidão. Na última sexta-feira (13), uma mãe chegou ao quartel do Corpo de Bombeiros em Luziânia carregando nos braços seu bebê de apenas 4 meses, completamente desacordado, após engasgar com leite materno. A criança estava sem respirar.
O episódio dramático teve início quando o bebê sofreu uma obstrução nas vias aéreas logo após a amamentação. A mãe ainda tentou, por conta própria, aplicar a manobra de tapotagem — técnica de desobstrução recomendada para esse tipo de situação —, mas não obteve sucesso. Em estado de desespero, correu pela rua pedindo socorro, até que um motorista parou e, compreendendo a gravidade do caso, a levou imediatamente ao 5º Batalhão dos Bombeiros.
Ao chegar ao quartel, a mãe gritou por ajuda e entregou o bebê, já sem sinais de consciência ou respiração, à soldado Ingrid, que estava de plantão.
“Ele estava mole, pálido, e não fazia nenhum som. Era uma imagem que congela o tempo”, descreveu a militar.
Resposta em segundos, vida salva em instantes
Sem hesitar, a bombeira iniciou a manobra de tapotagem, posicionando o bebê com o rosto voltado para baixo, apoiado no antebraço, e realizando leves mas firmes batidas nas costas, na altura das escápulas — procedimento específico para bebês menores de um ano.
A primeira tentativa não surtiu efeito. Mas, na segunda, o milagre: o choro alto rompeu o silêncio angustiante e sinalizou que os pulmões do pequeno haviam voltado a funcionar.
“O som do choro dele foi o som mais bonito que já ouvi em toda a minha carreira”, confessou Ingrid, visivelmente emocionada ao relembrar o momento.
Avaliação médica e estado de saúde
Após a desobstrução das vias aéreas, o bebê foi avaliado pela equipe de resgate, que verificou a retomada da respiração e dos sinais vitais. Por precaução, a criança foi encaminhada a um hospital particular da cidade, onde passou por exames e ficou sob observação. Segundo informações da corporação, o estado de saúde do bebê é considerado estável.
Capacitação que salva vidas
O comandante do batalhão, tenente-coronel Fábio Martins, exaltou a atuação da soldado Ingrid e reforçou a importância da capacitação contínua das equipes.
“A resposta rápida só é possível com treinamento, sangue frio e preparo técnico. Foi uma atuação perfeita, dentro do que é ensinado para emergências com recém-nascidos”, declarou.
A manobra de tapotagem é parte dos protocolos do Suporte Básico de Vida Pediátrico, e deveria, segundo especialistas, ser de conhecimento comum entre pais, cuidadores e educadores. Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria indicam que o engasgo é uma das principais causas de morte acidental em crianças de até um ano no Brasil.
“Essa mãe teve o instinto certo: buscou ajuda imediatamente. E tivemos uma profissional no lugar certo, na hora certa”, finalizou o comandante.
Uma história que reforça a fé na vida e no serviço público
O salvamento em Luziânia é mais do que um registro técnico. É o retrato do que o serviço público pode oferecer quando é movido por vocação, preparo e sensibilidade humana. Entre a angústia e o alívio, entre o silêncio e o choro, o que separou a vida da morte foi a coragem de uma mãe e a competência de uma bombeira.
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