Médicos e Odontólogos Credenciados ao Ipasgo Iniciam Paralisação de 48 Horas em Goiás
Atendimentos eletivos são suspensos; urgências e emergências mantidas. Instituto afirma desconhecer reivindicações e anuncia credenciamento de novos profissionais.

Nesta terça-feira, 18 de fevereiro de 2025, médicos e odontólogos credenciados ao Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) iniciaram uma paralisação de 48 horas, suspendendo atendimentos eletivos em todo o estado. A ação, organizada pelo Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), visa pressionar o instituto a atender uma série de reivindicações da categoria.
Reivindicações dos Profissionais
Entre as principais demandas apresentadas pelo Simego estão:
- Regularização de Pagamentos Pendentes: Profissionais alegam atrasos nos honorários referentes aos meses de julho a novembro de 2024.
- Estabelecimento de Data Fixa para Pagamento: Busca por maior previsibilidade financeira.
- Atualização da Tabela CBHPM: Adequação dos valores pagos aos procedimentos médicos conforme a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos.
- Unificação dos Pagamentos: Proposta de pagamentos conjuntos para consultas e procedimentos, acompanhados de demonstrativos detalhados.
- Reajuste no Valor das Consultas Médicas: Ajuste para R$ 130,00 por consulta, alinhando-se às práticas de mercado.
A presidente do Simego, Franscine Leão, destacou que a paralisação é uma medida de advertência diante da “inércia dos gestores do Ipasgo em atender às demandas da categoria”. Durante o período de suspensão, apenas atendimentos de urgência e emergência serão realizados.
Posicionamento do Ipasgo
Em resposta, o Ipasgo afirmou ter recebido a notícia da paralisação com “estranheza e perplexidade”, alegando não ter sido oficialmente comunicado sobre as reivindicações. O instituto destacou que os profissionais envolvidos representam cerca de 10% da rede credenciada e que os atendimentos seguem normalmente para os demais beneficiários. Além disso, o Ipasgo informou que, desde setembro de 2024, repassou quase R$ 1 bilhão aos prestadores de serviço, negando a existência de pagamentos pendentes.
O instituto também alertou que a suspensão injustificada dos atendimentos pode resultar em sanções, incluindo a rescisão de contratos e descredenciamento dos profissionais envolvidos. Paralelamente, anunciou a abertura de credenciamento para novos médicos de todas as especialidades, visando ampliar a rede de atendimento e minimizar possíveis impactos aos beneficiários.
Impacto nos Beneficiários
A paralisação gera apreensão entre os cerca de 600 mil beneficiários do Ipasgo, que podem enfrentar dificuldades para agendar consultas e procedimentos eletivos durante o período de suspensão. Enquanto isso, o instituto assegura que a maioria dos atendimentos permanece inalterada e que medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade dos serviços.
O desfecho desse impasse dependerá das negociações entre o Simego e a administração do Ipasgo nos próximos dias.
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