Leucemia: Brasil deve registrar mais de 11 mil novos casos em 2025
Fevereiro Laranja reforça a importância da doação de medula óssea e da detecção precoce da doença.

O Brasil deve registrar 11.540 novos casos de leucemia em 2025, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA). A doença, caracterizada pelo crescimento descontrolado dos glóbulos brancos na medula óssea, pode afetar pessoas de qualquer idade e tem diferentes tipos e graus de agressividade.
Durante o Fevereiro Laranja, campanha nacional de conscientização sobre a leucemia e a importância da doação de medula óssea, especialistas alertam para a necessidade do diagnóstico precoce e do acesso ao tratamento adequado, fatores essenciais para aumentar as chances de cura.
Tipos de leucemia e seus impactos
A leucemia é classificada de acordo com a velocidade de progressão e o tipo de célula sanguínea afetada. Os principais tipos são:
Leucemia linfoide aguda (LLA): mais comum em crianças, apresenta evolução rápida e requer tratamento imediato.
Leucemia mieloide aguda (LMA): afeta principalmente adultos e também tem progressão acelerada.
Leucemia linfoide crônica (LLC): evolui lentamente e pode ser detectada em exames de rotina.
Leucemia mieloide crônica (LMC): pode ser tratada com medicamentos orais, permitindo melhor controle da doença.
Segundo a hematologista Maria Amorelli, a leucemia aguda tende a se manifestar de forma abrupta, com sintomas como palidez, fadiga extrema, hematomas espontâneos, infecções frequentes e febre persistente. Já as formas crônicas podem se desenvolver lentamente, causando anemia progressiva, aumento dos leucócitos e gânglios linfáticos inchados ao longo dos anos.
Fatores de risco e grupos mais vulneráveis
Embora a causa exata da leucemia ainda seja desconhecida, alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver a doença:
Idade: crianças até 10 anos e idosos apresentam maior incidência.
Exposição a agentes químicos: contato prolongado com benzeno e agrotóxicos pode elevar o risco.
Tratamentos anteriores: pessoas que já passaram por quimioterapia ou radioterapia para outros tipos de câncer têm chances aumentadas.
Predisposição genética: mutações e síndromes hereditárias podem contribuir para o surgimento da doença.
Tratamento e a importância da doação de medula óssea
O tratamento da leucemia varia conforme o tipo e a gravidade da doença. Em casos agudos, a principal abordagem é a quimioterapia intensiva, podendo ser combinada com transplante de medula óssea nos casos mais agressivos. Já na leucemia crônica, muitos pacientes conseguem manter o controle da doença com medicamentos orais.
A médica reforça a importância da doação de medula óssea, que pode ser a única chance de cura para muitos pacientes. Para se tornar doador, basta ter entre 18 e 35 anos, estar em boas condições de saúde e se cadastrar em um hemocentro. A coleta inicial é feita com uma simples amostra de sangue, e, se houver compatibilidade com um paciente, o doador poderá salvar uma vida.
Conscientização e apoio à causa
A campanha Fevereiro Laranja busca sensibilizar a população sobre a importância da detecção precoce e do incentivo à doação de medula óssea. O apoio de familiares e amigos, aliado ao avanço da medicina, aumenta as chances de recuperação dos pacientes.
Com o aumento dos casos previstos para este ano, especialistas reforçam a necessidade de políticas públicas eficazes, ampliação do acesso ao diagnóstico precoce e mais investimentos em tratamentos inovadores.
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