Justiça concede medida protetiva à Miss Trans que denunciou delegado por estupro

A miss gravou um vídeo corajoso, no qual expressa sua busca por justiça diante do suposto crime.

Goiânia foi abalada por uma denúncia grave envolvendo o delegado Kleyton Manoel Dias, após a Miss Trans, cujo nome preservaremos, por ter sido vítima de estupro pelo policial. A miss gravou um vídeo, no qual expressa sua busca por justiça diante do suposto crime.

No vídeo, a vítima relata que o abuso sexual teria ocorrido na madrugada da última sexta-feira (5), logo após ambos deixarem uma festa. Segundo o relato da Miss, o delegado ofereceu-lhe carona, momento em que teria ocorrido o crime. O vídeo, que viralizou nas redes sociais, se tornou peça-chave para a investigação em curso.

Apesar das acusações, o delegado Kleyton Manoel Dias nega veementemente o crime. Em um comunicado oficial, ele repudiou as acusações e afirmou estar à inteira disposição das autoridades para colaborar nas investigações. Além disso, o delegado expressou sua confiança em provar sua inocência e mencionou estar profundamente abalado com a situação.

As repercussões da denúncia já levaram a Polícia Civil a tomar medidas, afastando o delegado de suas funções. A partir da próxima segunda-feira (8), ele passará a trabalhar em uma unidade administrativa, enquanto as investigações seguem em curso.

Está não foi a primeira vez que a Miss Trans falou sobre o incidente. Em um desabafo anterior nas redes sociais, ela compartilhou o medo e a vergonha que sentiu antes de decidir denunciar o estupro. A vítima mencionou ter hesitado por horas antes de prestar queixa, temendo ser taxada como mentirosa e enfrentar o estigma que muitas mulheres enfrentam em casos de violência sexual.

Em meio ao trauma, a Miss Trans expressou sua esperança de que a justiça seja feita e ressaltou que mulheres como ela frequentemente são silenciadas. Ela reafirmou sua confiança no sistema judicial e declarou que o único desejo é que a verdade prevaleça.

O caso levanta debates urgentes sobre a necessidade de enfrentar a violência de gênero e garantir que todas as vítimas se sintam seguras ao denunciar crimes sexuais. A sociedade aguarda ansiosamente os desdobramentos das investigações e a espera por justiça para a Miss Trans e todas as mulheres que enfrentam situações similares.

A Justiça de Goiás tomou uma decisão crucial em relação à denúncia de estupro feita pela Miss Trans contra o delegado Kleyton Manoel Dias. Em um documento expedido na última sexta-feira (5), o juiz plantonista Thiago Soares Castelliano Lucena de Castro concedeu uma medida protetiva, visando assegurar a integridade física e emocional da vítima.

De acordo com o documento, o delegado está obrigado a manter uma distância mínima de 300 metros tanto da Miss Trans quanto de sua família. A medida, embasada na Lei Maria da Penha, visa proporcionar um ambiente seguro para a vítima e sua família.

Além disso, a decisão judicial proíbe explicitamente que Kleyton Dias entre em contato com a Miss Trans ou qualquer membro de sua família por meio de qualquer canal de comunicação, incluindo telefone, WhatsApp, e-mail, entre outros. O delegado também está proibido de frequentar os mesmos locais que a modelo, garantindo uma maior proteção e evitando possíveis confrontos.

A Polícia Civil, ao ser informada do ocorrido, agiu prontamente, adotando todas as medidas necessárias para esclarecimento do caso. A investigação está sob responsabilidade da Delegacia da Mulher (Deaem), contando com o auxílio e acompanhamento da Corregedoria para garantir uma apuração imparcial e eficaz.

A concessão da medida protetiva representa um passo importante na busca por justiça e na garantia da segurança da vítima. Este caso reacende debates sobre a importância de medidas preventivas e de apoio às vítimas de violência, destacando a necessidade de uma resposta rápida e eficiente por parte das autoridades competentes. A sociedade aguarda atentamente os desdobramentos dessa investigação, na expectativa de que a justiça seja plenamente aplicada.