Junho Vermelho: Hemocentro de Goiás intensifica campanha para garantir estoques de sangue e salvar
Com estoques em alerta e a proximidade do período de férias escolares, Rede Hemo convoca doadores, especialmente dos tipos sanguíneos negativos, e retoma envio de plasma à Hemobrás após 15 anos

Em um cenário onde o gesto de doar sangue pode definir a linha entre a vida e a morte, o Hemocentro de Goiás lançou, neste mês, a campanha Junho Vermelho, movimento nacional de conscientização que visa manter os estoques estáveis durante um dos períodos mais críticos do ano. Com o lema “Doe sangue, salve vidas”, a ação foca na queda histórica de doações durante as férias escolares, especialmente em julho, quando muitos doadores habituais viajam.
O alerta da Rede Estadual de Serviços Hemoterápicos (Rede Hemo) é claro: sem reposição constante, os estoques de sangue que abastecem 223 unidades de saúde em Goiás podem entrar em colapso. O foco da campanha deste ano são os doadores de tipos sanguíneos negativos (A-, B-, O- e AB-), raros e de alta demanda, especialmente em emergências e cirurgias complexas.
“Doar sangue é um ato simples, rápido e seguro. Cada doação pode salvar até quatro vidas. Convidamos a população goiana a participar ativamente e ajudar a manter nossa rede forte e operante”, destaca Daynara Vilar, diretora de Captação e Atendimento a Doadores do Hemocentro de Goiás.
Queda sazonal e ações de conscientização
A diretora alerta que, com a chegada do inverno e das férias escolares, há um aumento nas internações hospitalares e acidentes nas estradas, ao mesmo tempo em que as doações diminuem. Para enfrentar esse desafio, as nove unidades da Rede Hemo, espalhadas por Goiânia, Catalão, Rio Verde, Ceres, Jataí, Formosa, Iporá, Porangatu e Quirinópolis, vão promover atividades educativas e de mobilização social durante todo o mês.
Entre as iniciativas estão ações em redes sociais, rodas de conversa, caravanas da solidariedade e agendamentos com empresas e instituições, que podem solicitar a presença da unidade móvel de coleta de sangue e cadastro de medula óssea.
Como doar sangue
Para doar, é necessário:
- Estar saudável e bem alimentado;
- Ter entre 16 e 69 anos (menores com autorização dos pais);
- Pesar mais de 50 kg;
- Levar documento oficial com foto.
Prazos após vacinação:
- Gripe: 48h de espera;
- Febre amarela: 30 dias.
As doações podem ser agendadas via:
📱 agenda.hemocentro.org.br
📞 0800 642 0457
Empresas e instituições com mais de 120 interessados podem solicitar a unidade móvel pelos canais:
📧 hemocentro.captacao@idtech.org.br
📞 (62) 3231-7925
Plasma: vida além da transfusão
Outro destaque da Rede Hemo em 2024 é a retomada dos envios de plasma para a Hemobrás — a estatal brasileira responsável pela produção de medicamentos derivados do sangue. Após uma pausa de 15 anos, a parceria foi retomada em 2023 e, desde então, mais de 25 mil unidades de plasma já foram encaminhadas.
O plasma é essencial para a produção de medicamentos como fatores de coagulação, usados no tratamento de coagulopatias hereditárias, incluindo a hemofilia. No Hemocentro de Goiás, 765 pacientes são acompanhados, dos quais 351 têm hemofilia A e 54, hemofilia B.
“O envio de plasma é uma contribuição silenciosa, mas poderosa. Esses medicamentos salvam vidas todos os dias em todo o Brasil”, enfatiza Daynara.
A importância da Rede Hemo
Desde 2018, a Rede Hemo é gerida pelo Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech) e conta com uma estrutura robusta:
- 1 Hemocentro Coordenador (Goiânia);
- 4 Hemocentros Regionais;
- 4 Unidades de Coleta e Transfusão;
- 15 Agências Transfusionais;
- 2 unidades móveis.
Com sua expansão estratégica, a Rede Hemo amplia o acesso a sangue seguro no interior do estado, elimina práticas irregulares de transfusão e assegura o fornecimento de componentes sanguíneos de qualidade para a rede pública de saúde.
Solidariedade que corre nas veias
Em um Brasil onde apenas 1,6% da população doa sangue regularmente, de acordo com dados do Ministério da Saúde, campanhas como o Junho Vermelho se tornam fundamentais para lembrar que a solidariedade pode — e deve — ser um hábito.
Mais que uma campanha, o movimento representa um chamado à responsabilidade coletiva, onde cada gota doada pode fazer a diferença entre a vida e a morte.
Doe sangue. Doe vida. Doe agora.
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