Jovem motociclista de 24 anos é sepultado em Nerópolis após ser vítima de acidente de trânsito

Na manhã desta segunda-feira (16), foi sepultado em Nerópolis o corpo de Pedro Henrique Sousa Viana Dias, de 24 anos, que morreu após ser atingido por um carro em alta velocidade enquanto trafegava de moto pela Avenida JK. O acidente aconteceu no último sábado (14), à noite, e Pedro Henrique chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos graves e faleceu pouco tempo depois.

O motorista responsável pelo acidente, que não respeitou a sinalização de trânsito e fugiu do local sem prestar socorro, se apresentou na delegacia de Nerópolis na manhã desta segunda-feira. Após prestar depoimento, ele foi liberado, o que gerou revolta entre amigos e familiares da vítima.

Pedro Henrique trafegava pela Avenida JK, uma das principais vias de Nerópolis, quando o carro, em alta velocidade, o atingiu violentamente. Segundo testemunhas, o motorista desrespeitou a sinalização de trânsito, avançando em um cruzamento onde o jovem passava com sua motocicleta.

A força do impacto foi tão intensa que Pedro Henrique foi arremessado vários metros do local da colisão. Ele foi socorrido por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levado ao hospital mais próximo, mas os graves ferimentos não permitiram que ele sobrevivesse.

A notícia da morte de Pedro Henrique abalou a comunidade de Nerópolis. Amigos e familiares se despediram do jovem durante o velório e sepultamento realizado nesta segunda-feira. Ele era descrito como uma pessoa alegre, trabalhadora e querida por todos que o conheciam. A tragédia foi um choque para todos.

Maria Dias, mãe de Pedro Henrique, falou emocionada sobre a perda do filho: “É uma dor imensa perder um filho dessa forma. Ele tinha tantos planos, era um menino bom, trabalhador, que só queria viver sua vida. E agora tudo isso foi arrancado de nós por causa de uma irresponsabilidade no trânsito.”

Nas redes sociais, amigos de Pedro Henrique manifestaram sua indignação com a falta de punição imediata ao motorista, que fugiu do local do acidente e só se apresentou à polícia dois dias depois. “Não é justo que ele tenha ido embora e ainda tenha sido liberado. Queremos justiça”, comentou um amigo próximo da vítima.

O motorista envolvido no acidente se apresentou voluntariamente na delegacia de Nerópolis na manhã desta segunda-feira. Segundo informações da Polícia Civil, ele foi ouvido e liberado, já que a legislação brasileira permite que, em casos de acidentes de trânsito com morte, o responsável possa responder em liberdade, desde que se apresente à polícia e colabore com as investigações.

O delegado responsável pelo caso, Dr. Rafael Marques, explicou que a fuga do local do acidente agrava a situação do motorista, mas que, por enquanto, ele não seria mantido preso por não ter flagrante de crime. “Estamos reunindo todas as provas, incluindo depoimentos de testemunhas e câmeras de segurança da região. O caso está sendo tratado com rigor, e o motorista será responsabilizado conforme a lei”, afirmou o delegado.

A morte de Pedro Henrique reacende o debate sobre a necessidade de maior fiscalização e respeito às leis de trânsito, especialmente em vias movimentadas como a Avenida JK. A alta velocidade e o desrespeito à sinalização são problemas recorrentes em Nerópolis e em diversas cidades do país, resultando em tragédias evitáveis.

Autoridades locais têm discutido medidas para intensificar a fiscalização de trânsito na região, como a instalação de lombadas eletrônicas e campanhas de conscientização para motoristas e motociclistas. A Secretaria Municipal de Trânsito lamentou a morte de Pedro Henrique e se comprometeu a revisar as condições de segurança da Avenida JK.

Luiz Fernando Araújo, especialista em trânsito e mobilidade urbana, comentou que casos como o de Pedro Henrique são um reflexo da falta de uma cultura de responsabilidade nas vias públicas. “É preciso educar melhor os condutores e aplicar punições mais severas para que a impunidade não continue a ceifar vidas. O trânsito é feito de pessoas, e cada desrespeito à lei é uma ameaça à vida”, destacou o especialista.

Enquanto as investigações continuam, a família de Pedro Henrique espera por justiça. O sentimento de impunidade cresce diante da liberação do motorista, mas as autoridades policiais garantem que todas as medidas legais serão adotadas para punir o responsável.

Pedro Henrique, que era apaixonado por motos, deixa uma legião de amigos, familiares e um legado de boas lembranças para aqueles que conviveram com ele. Seu trágico fim serve de alerta para a necessidade urgente de maior responsabilidade no trânsito, de modo a evitar que mais vidas sejam interrompidas de forma tão precoce.