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22 de julho de 2025
JustiçaNotíciasPolíciaÚltimas

Jovem é presa por golpe de R$ 400 mil contra tios após se passar por Poder Judiciário, diz Polícia Civil

Com requintes de manipulação psicológica, mulher convenceu familiares a pagar viagens, comprar iPhone e transferir valores sob pretexto de ameaças do crime organizado. Caso ocorreu em Jataí (GO).

Uma jovem de 24 anos foi presa pela Polícia Civil de Goiás suspeita de aplicar um golpe estimado em R$ 400 mil contra os próprios tios, em Jataí, no sudoeste do estado. Com um plano meticuloso que envolveu o uso de mensagens falsas atribuídas ao Poder Judiciário, a investigada convenceu o casal a arcar com compras de alto valor, viagens e transferências bancárias sob a justificativa de proteger a família de uma suposta ameaça do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo o delegado Marlon Luz, responsável pelo caso, a mulher criou toda uma encenação digital para manipular os parentes, se passando por autoridades judiciais. “Ela enviava mensagens dizendo que os tios estavam sendo monitorados por uma vara criminal, e que havia risco iminente de morte. Isso os levou a tomar medidas extremas, acreditando agir sob orientação oficial”, afirmou o delegado em entrevista coletiva.

Golpe sofisticado: de celulares a viagens sob pretextos judiciais

Uma das exigências feitas nas mensagens fraudulentas foi a compra de um iPhone avaliado em R$ 13 mil, sob o argumento de que o aparelho da jovem estava “vulnerável” e que o novo modelo ofereceria “segurança compatível com a utilizada pelo Judiciário”. Além disso, os tios foram induzidos a pagar cerca de R$ 10 mil por supostos “aplicativos de segurança”, também apresentados como instrumentos usados por magistrados e servidores para se proteger de criminosos cibernéticos.

Em outra fase da fraude, a jovem os convenceu a financiar viagens e estadias em cidades turísticas, sob o pretexto de que essas mudanças temporárias faziam parte de um plano de proteção oficial contra um atentado planejado pelo PCC. Havia até a promessa de que todas as despesas seriam posteriormente ressarcidas pela Justiça — o que nunca ocorreu.

“Era um esquema que misturava falsas ordens judiciais com um enredo de ameaça criminosa altamente convincente. Isso levou os tios a arcarem com despesas altíssimas por medo e dever moral”, explica Luz.

Da confiança à denúncia: como a farsa ruiu

A jovem já havia sido presa anteriormente por estelionato relacionado a aluguel de imóveis em Rio Verde (GO). Após deixar o presídio, foi acolhida pelos tios, que chegaram a pagar um aluguel para que ela recomeçasse a vida em uma quitinete. No entanto, foi nesse novo cenário que o golpe começou a se desenhar.

A manipulação durou cerca de três meses, até que a tia passou a desconfiar das mensagens, principalmente após a chegada do namorado da investigada, que também passou a residir na casa sob “ordens” do falso Judiciário. A exigência de que ele fosse mantido no local e financeiramente assistido foi o ponto de ruptura.

A denúncia levou à operação policial que resultou na prisão da jovem em uma casa de alto padrão, também bancada pelos tios. Durante o interrogatório, ela confessou o crime, mas alegou que teria agido com apoio de outras pessoas — algo que será apurado na continuidade das investigações.

Repercussões jurídicas e alerta social

A jovem vai responder pelo crime de estelionato (art. 171 do Código Penal), cuja pena varia de 1 a 5 anos de reclusão, podendo ser agravada se ficar comprovado que houve concurso de pessoas ou que as vítimas estavam em condição de vulnerabilidade emocional.

Para o delegado, o caso serve como alerta. “As fraudes familiares estão se tornando mais sofisticadas e psicológicas. É importante que qualquer comunicação que envolva exigências financeiras e supostas ordens judiciais seja verificada diretamente com fontes oficiais. A confiança cega, mesmo entre familiares, pode ser perigosa.”

A Polícia Civil de Goiás segue investigando se outras pessoas participaram do esquema e se há vítimas em outros municípios.


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