Instituição de longa permanência para idosos é interditada, em Goiânia após denúncias graves
Operação integrada identificou insalubridade, superlotação e indícios de violações de direitos fundamentais.

Uma instituição de longa permanência para idosos foi interditada em Goiânia após uma ação integrada coordenada pela Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso (Deai), vinculada à 1ª Delegacia Regional de Polícia. A fiscalização integra mais uma etapa da Operação Visita Inesperada, iniciativa voltada à apuração de denúncias envolvendo possíveis violações aos direitos da população idosa.
A atuação conjunta envolveu órgãos estaduais e municipais que compõem a rede de proteção social, mobilizados a partir de denúncia anônima recebida e previamente apurada pela Polícia Civil. As informações apontavam um conjunto de irregularidades consideradas graves, incluindo condições precárias de higiene, superlotação, suspeitas de maus-tratos e negligência, além de indícios de restrição indevida de liberdade, ausência de profissionais habilitados para o cuidado continuado e oferta de alimentos vencidos ou inadequados ao consumo.
Diante da gravidade do quadro descrito, as equipes realizaram vistoria in loco, com o objetivo de verificar a situação real da instituição e adotar providências imediatas. Durante a inspeção, a Vigilância Sanitária de Goiânia constatou que o ambiente apresentava condições insalubres e incompatíveis com o acolhimento de pessoas idosas, o que motivou a interdição imediata do local, além da lavratura de autos de infração e notificações administrativas.
Paralelamente, as Secretarias Municipais de Assistência Social e de Saúde acompanharam toda a operação para avaliar o estado físico e emocional dos idosos residentes e definir os encaminhamentos necessários, assegurando a continuidade do cuidado, o acesso a serviços de saúde e a preservação da dignidade e dos direitos fundamentais dos acolhidos.
A Polícia Civil informou que o caso seguirá sob acompanhamento, com aprofundamento das investigações para apurar eventuais responsabilidades criminais e administrativas dos gestores e demais envolvidos. As medidas adotadas têm como base o Estatuto da Pessoa Idosa, que impõe deveres rigorosos às instituições de acolhimento e prevê sanções severas em situações de negligência, abuso ou violação de direitos.
Segundo a PCGO, a Operação Visita Inesperada continuará sendo realizada de forma periódica, com foco preventivo e repressivo, para coibir irregularidades, fortalecer a rede de proteção e garantir que instituições destinadas ao cuidado de idosos operem dentro dos padrões legais, éticos e humanitários exigidos.
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