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9 de junho de 2025
AgronegócioNegóciosNotíciasÚltimas

Impulso da Agropecuária Alavanca PIB Brasileiro em 1,4% no Primeiro Trimestre de 2025

Economia Nacional Acelera Ritmo Com Safra Recorde, Atingindo Maior Patamar Histórico; Consumo das Famílias e Investimentos Crescem, Apesar dos Desafios da Taxa Selic Elevada.
Agropecuária cresceu 12,2% ante o quarto trimestre de 2024 (Pedro Revillion/Fotos Públicas)

A economia brasileira demonstrou resiliência e fôlego no primeiro trimestre de 2025, registrando um crescimento de 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) em comparação com os três meses finais de 2024. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o resultado ficou próximo da mediana das expectativas do mercado financeiro, que era de 1,5%, segundo a agência Bloomberg.

O avanço de 1,4% representa uma aceleração significativa, após uma leve variação positiva de 0,1% no quarto trimestre de 2024 (dado revisado). Esta é a maior taxa de crescimento desde o segundo trimestre do ano passado, quando o PIB subiu 1,5%. O resultado coloca o PIB no maior patamar de sua série histórica, iniciada em 1996, um feito notável para a economia nacional.

O Poder do Campo: Agropecuária Lidera o Crescimento

O grande motor do crescimento econômico no período foi a agropecuária, que registrou um salto impressionante de 12,2% em relação ao trimestre anterior. Esse desempenho ofuscou setores como serviços, que cresceu modestos 0,3%, e a indústria, que ficou praticamente estável, com um leve recuo de 0,1%.

Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, o crescimento da agropecuária está diretamente ligado à recuperação da safra de grãos, cujo efeito no PIB se concentra mais no início do ano. Projeções indicam uma produção recorde no campo para 2025, impulsionada por melhores condições climáticas, uma base de comparação fragilizada (após períodos de desafios) e ganhos de produtividade nas lavouras. “A conjuntura [no campo] está toda favorável para esse bom resultado do primeiro trimestre puxado pela agropecuária”, afirmou a pesquisadora. O aumento de 12,2% é o maior da agropecuária desde o primeiro trimestre de 2023 (13,8%).

Consumo e Investimentos: Sinais de Força Apesar dos Juros

Apesar do aperto na taxa básica de juros (Selic), que encarece o crédito e desafia o consumo e a indústria, outros fatores contribuíram para a expansão do PIB. O mercado de trabalho seguiu mostrando sinais de força, com a geração de empregos formais e o aumento da renda, beneficiando o consumo das famílias, que cresceu 1% em relação ao quarto trimestre de 2024. Essa aceleração no consumo vem após uma queda de 0,9% no final do ano passado, mostrando a resiliência do setor.

“Tem coisas que prejudicam [o consumo], como inflação bem resiliente e política monetária restritiva. Mas a gente continua tendo melhora do mercado de trabalho, o crédito continua crescendo”, apontou Rebeca Palis, do IBGE.

Outro componente vital do PIB que registrou aceleração foi a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede o nível de investimentos produtivos na economia. A FBCF teve uma alta de 3,1% no primeiro trimestre de 2025, após um avanço de 0,7% no período anterior. “O investimento tem muito a ver com importação e com internet e desenvolvimento de sistemas [softwares]”, explicou Rebeca.

Desafios no Horizonte: Selic Elevada e Cenário Internacional

Apesar do bom desempenho inicial, os próximos trimestres do PIB podem enfrentar desafios. A taxa básica de juros, a Selic, encerrou o primeiro trimestre em 14,25% ao ano e, em maio, subiu para 14,75% – o maior patamar em quase duas décadas. O aperto monetário promovido pelo Banco Central visa conter a inflação, mas tende a frear a atividade econômica.

Economistas projetam um ritmo menor de crescimento para o PIB ao longo de 2025, associado ao fim do impulso da safra agrícola e à manutenção dos juros em patamar elevado. No entanto, o grau dessa desaceleração não é unânime entre os analistas, que também ponderam sobre a disposição do governo em adotar novas medidas de estímulo antes das eleições de 2026.

O cenário internacional, com incertezas como a guerra de tarifas iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também adiciona um elemento de imprevisibilidade, embora o IBGE tenha apontado que essa turbulência não teve grande reflexo no PIB brasileiro no primeiro trimestre.

As projeções do mercado financeiro, na mediana, indicam uma alta de 2,14% para a economia nacional no acumulado de 2025, abaixo do crescimento de 3,4% registrado em 2024, conforme o boletim Focus do BC. O governo federal, por sua vez, mantém uma expectativa de avanço de 2,4%.

O desempenho do PIB tem sido comemorado pelo governo, apesar da queda na aprovação presidencial no início de 2025, influenciada, em parte, pela inflação persistente dos alimentos. O PIB, vale lembrar, é a soma dos bens e serviços produzidos por um país e seu avanço é um indicador-chave do crescimento econômico.


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