Horrores Revelados em Turvelândia: Pai é Preso por Estuprar Filha de 13 Anos Desde a Infância, Ameaçando-a de Morte
Denúncia corajosa da adolescente, impulsionada pela campanha Maio Laranja, expõe anos de abusos, posse ilegal de armas, violência psicológica e caça ilegal. Polícia Civil investiga cumplicidade da mãe.
Um caso chocante de abuso sexual infantil veio à tona em Turvelândia, município da região Sudoeste de Goiás, revelando um cenário de terror e coação no seio familiar. Um homem foi preso em flagrante na última quarta-feira (14), suspeito de estuprar a própria filha, hoje com 13 anos, desde que ela tinha apenas seis. A coragem da adolescente, que buscou ajuda após obter informações sobre crimes sexuais durante a campanha “Maio Laranja”, foi fundamental para desvendar os abusos e trazer à tona a rede de ameaças que a mantinha em silêncio.
De acordo com o delegado Humberto Soares, da Delegacia de Polícia Civil de Santa Helena de Goiás, responsável pela investigação preliminar, a menina procurou a psicóloga da escola e, munida de informações da campanha de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, pediu que o Conselho Tutelar e as autoridades fossem acionados.
A pronta resposta da polícia levou os agentes à residência do suspeito, onde ele, inicialmente, confessou os abusos à filha. No entanto, durante o depoimento formal na delegacia, o pai preferiu permanecer em silêncio, exercendo seu direito. A gravidade da situação se estendia às ameaças constantes do agressor: “O pai dizia que, caso a criança contasse a outras pessoas o que estava acontecendo, iria matá-la mediante o uso dessas armas de fogo”, revelou o delegado Soares, ressaltando o ambiente de medo e controle imposto à vítima.
O flagrante do suspeito foi possibilitado pela descoberta, em sua residência, de um arsenal que incluía facas, três armas de fogo, além de animais silvestres recém-capturados e mortos, configurando crimes adicionais. Em audiência de custódia, o caso foi repassado para o juízo de Maurilândia, cidade vizinha, que acatou o pedido de decretação da prisão pelo crime de estupro, conforme Art. 217-A do Código Penal, caracterizado como estupro de vulnerável devido à idade da vítima.
Além do estupro, o homem foi autuado em flagrante por posse ou porte ilegal de arma de fogo, violência psicológica contra a mulher (previsto na Lei Maria da Penha e que se estende às filhas) e caça ilegal de animais silvestres (crime ambiental tipificado na Lei nº 9.605/1998). A multiplicidade de crimes sublinha a periculosidade do agressor e a complexidade do ambiente familiar em que a adolescente vivia.
A mãe da menina também residia na mesma casa, mas, segundo o delegado Humberto Soares, alegou desconhecer os abusos. A Polícia Civil, contudo, não descarta a possibilidade de cumplicidade ou omissão e irá aprofundar a investigação para apurar a veracidade da versão da mãe no inquérito policial. A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) estabelece que a omissão diante da violência contra a mulher, que inclui menores de idade, pode ter implicações legais.
Atualmente, a adolescente está sob os cuidados e proteção do Conselho Tutelar de Turvelândia, recebendo acompanhamento psicológico e social para auxiliar na superação do trauma e na reconstrução de sua vida. O “Maio Laranja” desempenhou um papel crucial ao fornecer à menina o conhecimento e a coragem necessários para buscar ajuda, reforçando a importância das campanhas de conscientização na luta contra o abuso e a exploração sexual infantojuvenil.
O caso de Turvelândia ressalta a urgência de que a sociedade esteja atenta aos sinais de abuso e que haja canais acessíveis e confiáveis para denúncias, garantindo que as vítimas encontrem o apoio necessário para romper o ciclo de violência e que os agressores sejam responsabilizados por seus atos hediondos.
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