Governo de Goiás prevê economia de R$ 19 milhões por ano com mudança para novo centro administrativo em prédio da Caixa
Secretaria da Economia afirma que aquisição parcelada e centralização de secretarias reduzirá gastos com aluguéis e melhorará organização institucional; iniciativa foi aprovada pela Assembleia Legislativa.

O Governo de Goiás projeta que a transferência de secretarias para o prédio da antiga sede da Caixa Econômica Federal (CEF), localizada na Avenida Anhanguera, resultará em uma economia anual estimada em R$ 19 milhões apenas com a eliminação de gastos com aluguéis. A avaliação foi apresentada pela Secretaria de Estado da Economia, que defende que a centralização administrativa permitirá também a modernização da gestão patrimonial e a otimização dos recursos públicos.
De acordo com o órgão, a aquisição do imóvel será realizada de forma parcelada entre 2025 e 2026, de modo a não comprometer o fluxo financeiro do Executivo. O prédio abrigará secretarias que atualmente ocupam espaços alugados, além de permitir a expansão e reestruturação de pastas que sofrem com limitações de infraestrutura.
Crédito aprovado pela Assembleia e estrutura prevista
Nesta quinta-feira (4), a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou, por maioria, o projeto de lei que libera crédito de R$ 128 milhões para custear a compra do imóvel. A proposta foi aprovada com 18 votos favoráveis e 8 contrários. A aquisição havia sido negociada previamente com a Fundação dos Economiários Federais (Funcef), proprietária do prédio. O valor de compra foi informado como R$ 102 milhões, restando recursos para outros usos previstos no orçamento estadual — entre eles um fundo de equalização definido pelo governo.
Segundo o projeto aprovado, o edifício será utilizado para abrigar secretarias como a de Administração (Sead), Economia, Saúde (SES), e a Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). No caso da Saúde, o prédio disponibilizará espaço para atender até 110 servidores, segundo estimativas da pasta, o que permitirá reorganizar o quadro funcional e otimizar o atendimento interno.
Justificativas políticas e logísticas para o investimento
A Secretaria da Economia argumenta que a medida representa redução de custos fixos e maior eficiência administrativa. A consolidação de órgãos sob o mesmo teto reduz encargos com múltiplos aluguéis, manutenção de prédios dispersos, deslocamentos internos e contratos variados de serviços prediais.
Além disso, a mudança atende a uma demanda antiga por espaços estruturados para secretarias essenciais, com infraestrutura moderna, garantindo melhores condições de trabalho e atendimento público. A expectativa é que, com isso, a gestão ganhe em agilidade e padronização de processos.
Críticas e resistência: preocupações com saúde e prioridades públicas
Apesar do argumento de economia, parlamentares da oposição criticaram a decisão de adquirir o prédio em detrimento de investimentos em áreas sensíveis, sobretudo a saúde pública. Entre os votos contrários, parlamentares alegaram que o uso de recursos provenientes do Fundo Estadual de Saúde para a compra do imóvel poderia comprometer o custeio de políticas assistenciais. Eles questionaram a prioridade de ação e defenderam que verbas deveriam ser destinadas à expansão e melhoria dos serviços de saúde, antes de realocação administrativa.
Além disso, há receios de que a mudança represente uma concentração de poder institucional e burocrático em um único local, o que poderia dificultar o acesso da população em regiões distantes ou vulneráveis. A crítica sugere que a descentralização de serviços públicos ainda seria a estratégia mais adequada para reduzir desigualdades de atendimento.
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