8 de dezembro de 2025
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Goiás quebra recorde no abate de bovinos e consolida posição de liderança na pecuária nacional

Com mais de 1 milhão de cabeças abatidas no 1º trimestre de 2025, Estado se firma como 3º maior produtor do país e registra aumento nas exportações de carne e gado vivo; avanço é puxado por modernização tecnológica e foco em carne premium.
Com investimento em qualidade genética, sanidade e tecnologia, a pecuária goiana segue avançando nos indicadores de produção e comércio exterior (Foto: Lucas Eugênio)

Em um ciclo de alta e modernização contínua, Goiás bateu um novo recorde histórico no abate de bovinos no primeiro trimestre de 2025, com 1 milhão de cabeças abatidas, segundo dados da Pesquisa Trimestral da Pecuária divulgada esta semana pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O número representa um crescimento de 0,9% em relação ao mesmo período de 2024, reforçando o protagonismo do estado como terceiro maior polo pecuário do Brasil, atrás apenas de Mato Grosso e São Paulo.

Além de impressionar pelo volume, o levantamento revela mudanças qualitativas na composição do abate: o número de fêmeas encaminhadas aos frigoríficos — 356,9 mil vacas e 177,5 mil novilhas — indica uma tendência estratégica de renovação do rebanho e valorização de carnes de maior qualidade. Com 476,9 mil bois abatidos no mesmo período, o total de machos ainda lidera, mas a participação das fêmeas cresceu de forma significativa.

Carne nobre e sustentabilidade no radar

Para Glaucilene Carvalho, secretária em exercício da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), os números traduzem não apenas volume, mas uma transformação estrutural na pecuária goiana.

“Estamos promovendo uma pecuária mais moderna, produtiva e ambientalmente responsável. A valorização de carne de qualidade, com animais jovens e bem manejados, atende tanto às exigências do mercado interno quanto às oportunidades no exterior”, avalia.

O uso crescente de tecnologias de rastreabilidade, genética bovina de ponta, alimentação estratégica e manejo racional tem elevado a produtividade por hectare e reduzido a idade média de abate, contribuindo para uma cadeia mais rentável e eficiente.

Exportações: Goiás também avança no comércio exterior

O bom momento da pecuária se reflete nas exportações. As vendas externas de carne bovina cresceram 8,6% no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024, puxadas principalmente pela demanda asiática, especialmente China, Hong Kong e Vietnã.

Já a exportação de bovinos vivos, ainda com menor participação na balança comercial, surpreendeu: atingiu US$ 1,4 milhão entre janeiro e abril, valor quatro vezes maior do que o apurado no mesmo intervalo de 2024, de acordo com dados da Plataforma Aroeira, mantida pela própria Seapa.

Segundo especialistas do setor, o crescimento nas exportações de gado vivo está ligado à ampliação de protocolos sanitários e acordos bilaterais, além da qualidade genética do rebanho goiano, valorizada por países do Oriente Médio e norte da África.

Contexto nacional e perspectivas

Com a terceira maior participação no abate nacional, Goiás figura entre os protagonistas de um setor estratégico para o agronegócio brasileiro. Segundo o IBGE, o Brasil abateu 8,75 milhões de bovinos entre janeiro e março de 2025, alta de 24,1% sobre o primeiro trimestre de 2024. Goiás respondeu sozinho por 11,4% desse total.

Para o economista e analista agropecuário José Miguel de Freitas, do Instituto para o Desenvolvimento da Pecuária Brasileira (IDPB), a performance de Goiás é um retrato de eficiência produtiva e inteligência logística:

“A localização estratégica, a integração entre produção e processamento e os investimentos públicos em infraestrutura agroindustrial têm feito de Goiás uma potência estável e promissora”, aponta.

Políticas públicas e desafios

Além do desempenho do setor privado, a manutenção do bom desempenho passa por iniciativas de governo. Programas de crédito rural, incentivo à adesão ao Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC+), expansão de zonas livres de febre aftosa sem vacinação, e investimentos em conectividade rural vêm sendo apontados como diferenciais.

Entretanto, desafios como volatilidade cambial, custo de insumos, barreiras sanitárias e pressão ambiental permanecem no radar, exigindo constante adaptação dos produtores e políticas públicas robustas.


Resumo dos principais números – Pecuária em Goiás no 1º trimestre de 2025:

  • 1 milhão de bovinos abatidos
  • 3ª posição nacional no ranking de abates
  • Crescimento de 0,9% em relação ao 1º trimestre de 2024
  • Exportações de carne bovina cresceram 8,6%
  • Exportação de bovinos vivos chegou a US$ 1,4 milhão, aumento de mais de 400%

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Marcus

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