Goiás mantém ritmo de expansão no mercado de trabalho e registra saldo positivo de empregos formais em junho
Estado cria 7,9 mil postos com carteira assinada no mês e acumula mais de 64 mil novas vagas em 2025; setor de serviços lidera crescimento, e jovens são maioria entre os contratados

O estado de Goiás encerrou o mês de junho com um saldo positivo de 7.914 novos empregos com carteira assinada, impulsionado principalmente pela força do setor de serviços, que mais uma vez liderou a geração de vagas formais no território goiano. Os dados, divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) nesta segunda-feira (4), são do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e confirmam a trajetória consistente de recuperação e expansão do mercado de trabalho goiano ao longo de 2025.
Ao todo, foram 82.776 admissões e 74.862 desligamentos no período. Com isso, Goiás chegou a 64.136 postos de trabalho criados no primeiro semestre deste ano, superando com folga o desempenho acumulado em todo o ano de 2024, quando o estado havia fechado com saldo de 55.776 vagas.
Dinâmica setorial
O resultado positivo se distribuiu entre os cinco grandes setores econômicos avaliados. O destaque foi o setor de serviços, responsável por 2.606 novas vagas, refletindo a retomada do consumo e a expansão de atividades como tecnologia, logística, saúde, educação e alimentação. A construção civil manteve sua relevância com a criação de 1.726 empregos, sustentada principalmente pela demanda por habitação e obras de infraestrutura urbana.
Na indústria, o saldo foi de 1.248 novas contratações, com destaque para os segmentos alimentício, químico e de transformação. O comércio também apresentou desempenho positivo, com 1.193 vagas, beneficiado pelo avanço da formalização e da digitalização do varejo. A agropecuária, tradicional motor da economia goiana, gerou 1.141 novos empregos, mesmo em meio à sazonalidade climática do período.
Perfil dos trabalhadores
Os dados do Novo Caged também revelam o perfil dos trabalhadores que mais se beneficiaram da movimentação no mercado. Homens representaram 61% dos novos contratados, com 4.862 vagas. Já o grupo com ensino médio completo foi o mais presente nas admissões, com 5.823 postos — uma tendência que reforça a importância da formação básica no acesso ao trabalho formal.
A faixa etária de 18 a 24 anos concentrou o maior volume de contratações, com 3.652 novos empregos, o que indica um processo importante de inserção de jovens no mercado e de resposta à elevada taxa de desemprego juvenil ainda observada no Brasil.
Desempenho por município
Entre os municípios goianos, Goiânia liderou a criação de postos formais com 2.346 empregos líquidos em junho, consolidando-se como o principal polo econômico do estado, com um estoque total de 571,5 mil vínculos formais ativos. Também apresentaram saldo expressivo: Cristalina (800), Luziânia (309), Aparecida de Goiânia (300) e Anápolis (269) — cidades estratégicas para os setores agroindustrial, logístico e comercial.
Cenário nacional
No cenário nacional, o Brasil criou 1.222.591 empregos com carteira assinada no acumulado de 2025 até junho, com todos os cinco grandes setores registrando saldo positivo. O estoque de vínculos formais no país ultrapassou a marca de 48,4 milhões, consolidando uma tendência de recuperação sustentada do emprego, embora com desafios persistentes em relação à informalidade e à qualificação da mão de obra.
Especialistas ouvidos por veículos especializados como o Ipea e a FGV destacam que o desempenho goiano reflete um ambiente de negócios mais estável, políticas de fomento econômico regionalizadas e uma interlocução mais ativa entre governo estadual e setor produtivo.
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