Goiás intensifica combate ao furto de energia: 103 prisões em seis meses revelam avanço de operações conjuntas

Fiscalizações lideradas pela Equatorial Goiás, com apoio das forças de segurança e da Polícia Científica, superam ritmo de 2024 e expõem a gravidade das fraudes elétricas no estado. Goiânia lidera em autuações; ações ampliam uso de inteligência e perícia técnica.

Nos primeiros seis meses de 2025, o Estado de Goiás registrou 103 prisões relacionadas ao furto de energia elétrica, um crime que, além de ilegal, representa sérias ameaças à segurança pública e ao funcionamento do sistema elétrico. As detenções são resultado de 181 operações de fiscalização, conduzidas em conjunto pela distribuidora Equatorial Goiás e as forças de segurança do estado. O número já corresponde a 63% do total de operações realizadas em todo o ano anterior, o que indica um crescimento expressivo no ritmo de atuação.

A ofensiva se concentra principalmente na capital goiana. Goiânia lidera o ranking estadual com 56 operações realizadas apenas no primeiro semestre, um aumento de 57% em relação a 2024. Na sequência, destacam-se Aparecida de Goiânia, com 18 ações (63% a mais que no ano anterior), e Rio Verde, com sete ocorrências. As operações revelam um padrão: fraudes detectadas tanto em imóveis residenciais quanto em estabelecimentos comerciais.

Segundo Johnathan Costa, executivo corporativo de segurança empresarial do Grupo Equatorial, o aumento das operações é reflexo do avanço do trabalho de inteligência e da integração com os órgãos de segurança pública. “O combate ao furto de energia é uma prioridade estratégica. Fortalecemos parcerias institucionais e mapeamos áreas de maior incidência para atuação direcionada e eficaz”, afirma.

Ampliação técnica e pericial: o papel da Polícia Científica

Um diferencial importante nas ações de 2025 é a parceria inédita com a Superintendência da Polícia Técnico-Científica de Goiás (SPTC), firmada em maio. O acordo inclui a entrega de equipamentos para aferição de medidores, capacitação prática para peritos criminais e elaboração de protocolos técnicos para atuar em casos complexos.

Essa cooperação inédita no setor elétrico goiano reforça a confiabilidade das investigações, ao incluir rigor científico na comprovação de fraudes. Além disso, permite respostas mais rápidas e assertivas em operações conjuntas, ampliando o impacto das ações no combate às ligações clandestinas.

Crime e riscos coletivos

Mais do que prejuízos financeiros à distribuidora, o furto de energia expõe a população a riscos severos, como incêndios, choques elétricos e colapsos na rede de distribuição. Irregularidades sobrecarregam o sistema, provocando instabilidade e podendo afetar até mesmo usuários regulares.

Classificado no Código Penal como crime de furto qualificado (art. 155, §3º), o desvio de energia pode acarretar penas de reclusão de até oito anos, além de multas. A Equatorial Goiás reforça que a população desempenha papel crucial na identificação dessas práticas e orienta que denúncias anônimas sejam feitas pelo telefone 0800 062 0196.

Resultados e perspectivas

A estratégia de intensificação das fiscalizações deve continuar nos próximos meses. Com uso de tecnologia, inteligência georreferenciada e cooperação interinstitucional, a expectativa da Equatorial é superar os índices de 2024 e aumentar a eficácia no combate às perdas não técnicas — aquelas que envolvem fraude e furto.

Os números do primeiro semestre sinalizam não apenas um aumento de prisões, mas a consolidação de um modelo de atuação integrada, no qual distribuidora e forças policiais unem recursos técnicos e operacionais para enfrentar um crime que ainda persiste em diversas regiões do estado.

Enquanto isso, a empresa reafirma seu compromisso de garantir o fornecimento regular, seguro e eficiente de energia, alertando para os riscos e consequências do furto, que extrapolam o campo jurídico e impactam diretamente a segurança e o bem-estar da população.

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