Goiás exibe modelo penitenciário como referência nacional em debate sobre segurança pública
Durante visita de deputados federais, Caiado destaca controle total dos presídios e investimentos que reduziram rebeliões e facilitaram a ressocialização

O governador Ronaldo Caiado (UB) apresentou nesta quarta-feira (24) o modelo penitenciário goiano a deputados federais de sete estados durante visita ao Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. A comitiva conheceu de perto as estruturas voltadas para trabalho e educação de internos e participou, em seguida, de um seminário na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para debater a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/2025, que redefine atribuições da União, estados e municípios na segurança pública.
Caiado enfatizou que o controle do sistema prisional foi decisivo para a retomada da segurança em Goiás.
“O primeiro ponto para combater o crime é o sistema penitenciário. Se ele não tiver 100% sob controle, o crime não poupa os cidadãos”, afirmou.
Além da disciplina, o governo aposta na ressocialização como parte central da política prisional. Os parlamentares conheceram a Casa de Prisão Provisória (CPP), oficinas de marcenaria e costura, onde detentos produzem móveis e uniformes para instituições públicas. O Estado também mantém salas de aula e cursos profissionalizantes em diversas unidades, com quase 5 mil presos matriculados no ensino formal em 2024.
Segundo Caiado, essas iniciativas reduziram significativamente a reincidência criminal.
“Estamos ampliando cada vez mais a oportunidade de mão de obra. A profissionalização ajuda a transformar os presídios em locais de recuperação”, declarou.
Investimentos e resultados
Entre 2019 e 2024, Goiás investiu mais de R$ 350 milhões em reformas, novas unidades, equipamentos de segurança, veículos e estrutura hospitalar para o sistema prisional. Apenas em 2025, a Polícia Penal recebeu R$ 41,9 milhões, incluindo 86 novas viaturas.
Os números reforçam os avanços:
- Cinco anos sem rebeliões;
- 99% de redução na entrada de celulares (2018–2024);
- Desde 2023, nenhuma apreensão de armas de fogo nas unidades.
Para o diretor-geral de Administração Penitenciária, Josimar Pires, a ausência de alas controladas por facções é diferencial:
“Aqui, não há divisão entre grupos criminosos. Para estar em determinada ala, o preso sabe que precisa trabalhar.”
Repercussão política
Deputados federais de estados como Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal elogiaram a experiência goiana. A delegada e parlamentar mineira Ione Maria Moreira afirmou:
“O que vemos aqui é o que devemos fazer no Brasil inteiro. Temos hierarquia e disciplina.”
Já o deputado goiano Ismael Alexandrino (PSD), vice-presidente da Comissão Especial que analisa a PEC 18/2025, reforçou:
“Não existe enfrentamento ao crime sem o Estado controlar os presídios. Goiás demonstra que isso é possível.”
Debate nacional
Durante o seminário, Caiado defendeu que a PEC da Segurança Pública seja tratada como prioridade, por fortalecer estados no combate às facções. O governador também defendeu que líderes criminosos sejam classificados como terroristas e que os estados tenham acesso direto às informações do Coaf para combater o financiamento do crime organizado.
“Precisamos fortalecer os estados, garantir orçamentos para a segurança pública, assim como já acontece na saúde e na educação”, reforçou Alexandrino.
O presidente da Alego, Bruno Peixoto, encerrou destacando Goiás como exemplo nacional:
“Nosso Estado mostra que é possível unir disciplina, ressocialização e investimento para transformar o sistema penitenciário.”
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