20 de novembro de 2024
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Goiás demite CEO Luciano Paciello antes de completar um ano no cargo

Primeiro CEO da história do clube esmeraldino deixa o cargo em decisão do Conselho de Administração; nova gestão busca reestruturação.
Luciano Paciello, ex-CEO do Goiás (Fábio Lima / O Popular)

O Goiás Esporte Clube oficializou nesta segunda-feira (18) a demissão de Luciano Paciello, primeiro CEO da história do clube, antes mesmo de completar um ano à frente da administração esmeraldina. A decisão já havia sido tomada na última quinta-feira (14), em votação do Conselho de Administração, que determinou sua saída por quatro votos a um.

Essa movimentação marca mais um capítulo na mudança de gestão iniciada no final de 2022, quando o Goiás abandonou o modelo tradicional com presidente executivo e passou a ser liderado por um Conselho de Administração. A demissão de Paciello reflete os desafios de implementação desse novo modelo.


A decisão do Conselho e os votos divididos

A saída de Luciano Paciello foi definida em uma reunião na última semana. Dos cinco membros do Conselho de Administração, apenas Luiz Sabatino votou pela permanência do CEO. Já Aroldo Guidão, José Stival, Marco Antônio e Joyce Westmann optaram pela demissão, consolidando a saída do dirigente.

O motivo exato da demissão não foi divulgado oficialmente, mas fontes internas sugerem divergências estratégicas e críticas à falta de resultados significativos na reestruturação do clube.


Os desafios da gestão de Paciello

Contratado para modernizar a administração do clube e alinhar a gestão aos padrões de grandes equipes do futebol brasileiro, Paciello enfrentou obstáculos. Entre eles:

  • Resultados esportivos oscilantes: O Goiás lutou contra o rebaixamento em algumas competições, o que aumentou a pressão sobre a gestão.
  • Adaptação ao modelo de CEO: A introdução de um executivo-chefe como figura central da administração gerou resistência em setores mais tradicionais do clube.
  • Gestão financeira: Apesar de avanços em captação de recursos, como novos patrocinadores, as expectativas de reestruturação plena não foram alcançadas.

Próximos passos para o Goiás

Com a saída de Paciello, o Goiás já iniciou a busca por um novo CEO. Diferente de 2023, quando uma empresa especializada foi contratada para selecionar profissionais, o próprio Conselho de Administração será responsável por definir os candidatos e realizar as entrevistas.

Enquanto isso, outros setores da diretoria parecem estar estáveis. O diretor de futebol, Lucas Andrino, deve ter seu contrato renovado, refletindo uma avaliação positiva de sua atuação.


Impacto da mudança para o clube

A troca no comando administrativo pode ser decisiva para os planos de longo prazo do Goiás. Especialistas apontam que o modelo de CEO pode ser eficiente, mas exige sintonia entre o Conselho, o executivo e os setores operacionais do clube.

“A saída de Luciano Paciello simboliza os desafios enfrentados por clubes que tentam implementar modelos de gestão corporativa. Sem uma clara unidade entre as lideranças, essas mudanças podem enfrentar resistência e gerar instabilidade,” explica o consultor esportivo.


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